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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Aspartilglicosaminúria

A aspartilglicosaminúria (AGU) é uma doença de sobrecarga lisossomal autossómica recessiva pertencente ao grupo das oligossacaridoses (também designadas glicoproteinoses), que raramente é encontrada fora da Finlândia. Esta patologia resulta da deficiência de N-aspartilglicosaminidase, uma enzima que cliva a ligação N-acetilglicosamina - asparagina existente em muitos glicopéptidos e nas proteínas N-glicosiladas. Como consequência verifica-se uma acumulação nos tecidos e excreção aumentada na urina de glicoasparagina. O modo de transmissão é autossómico recessivo. Os sinais clínicos incluem atraso de desenvolvimento, iniciando-se com fraca coordenação dos movimentos finos, atraso da linguagem e hipercinésia, dismorfia facial e cifoscoliose ligeiras. A hepatosplenomegalia é rara é só está descrita nos casos não-finlandeses. Em termos bioquímicos, caracteriza-se pela excreção urinária aumentada de aspartilglicosamina detectada através de cromatografia de aminoácidos ou oligossacarídeos. O diagnóstico é confirmado através da determinação de uma baixa actividade da N-aspartilglicosaminidase em linfócitos, fibroblastos, amniócitos ou no trofoblasto. O gene localiza-se no cromossoma 14q32-q33. Na Finlândia, existem duas mutações mais prevalentes (AGUfin major e AGUfin minor) responsáveis por 98% dos alelos da doença, permitindo o rastreio sistemático de indivíduos heterozigóticos. Nas outras localizações geográficas, as mutações são muito heterogéneas. A única tentativa de tratamento actualmente é o transplante de medula alogénico, mas os resultados em 5 doentes finlandeses foram limitados.

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