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sábado, 5 de junho de 2010

SUPERANDO LUPUS

O lúpus, uma rara doença na qual os anticorpos atacam o próprio organismo, tem origem misteriosa e costuma a se manifestar em forma de dores nas articulações e manchas nas peles em pessoas em torno dos 20 anos.

Veja o site do Fantástico

Em entrevista a talk show do jornalista Larry King, a cantora Lady Gaga, de 24 anos, afirmou ter lúpus, apesar de não ter nenhum sintoma da doença. Ela passou por exames recentemente, já que o lúpus é genético e existem casos em sua família.

Apesar de não ter sinais do lúpus, a artista disse ter propensão a desenvolvê-lo, o que exige cuidados especiais para a vida toda.

Segundo médicos, o lúpus não tem cura. “Não consigo curar uma doença cuja causa é desconhecida. Não tem cura, mas tem controle”, explica a médica reumatologista Ieda Magalhães Laurindo.

Carlos Eduardo Tenório, de 37 anos, e Eni Maria da Silva, de 46 anos, sofrem da doença e estão aposentados por causa dela. Eles sabem que o tratamento nunca vai terminar.

Eduardo diz que Lady Gaga ter assumido ser portadora de lúpus pode ser um avanço.

“As pessoas que não conhecem a doença vão querer saber. Ela vai atrás de informação e outras pessoas também vão se juntando à causa, aumentam as pesquisas médicas”, afirma Eduardo.

“Geralmente, as pessoas acham que você pegou de alguma coisa e o lúpus não é contagioso”, diz Eni.

Segundo médicos, o grande inimigo de quem tem lúpus é o sol, uma vez que o raio ultravioleta provoca manchas e bolhas na pele e ainda outras complicações.

A médica reumatologista Ieda Magalhães Laurindo diz que desde os anos 90, com diagnóstico precoce e tratamentos modernos, a qualidade de vida de quem tem lúpus melhorou. "Antigamente, um paciente com lúpus era diagnosticado com quadro grave, e a sobrevida, a capacidade de viver os próximos cinco ou dez anos, era reduzida. Mas hoje já tem pacientes vivendo 15 ou 20 anos."

Estima-se que mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo tenham lúpus. A doença pode se manifestar de várias formas, desde alterações na pele até problemas nas articulações e lesões em órgãos internos.

Lúpus é uma doença rara, mais freqüente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes. No lúpus, a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, confundem o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas. Pessoas tratadas adequadamente têm condições de levar vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, incompatíveis com a vida.
LINK
http://www.superandolupus.com.br/
Pedimos para divulgar: Com grande prazer que informamos que o programa Fantástico, da Rede Globo estará exibindo uma matéria com o tema Lúpus, por conta do diagnóstico da cantora Lady Gaga, a equipe de reportagem esteve na manhã do dia 04 de junho de 2010, em nossa sede para entrevistarmos com o tema "Se É Possível Conviver Com O Lúpus E A Criação Da Associação". A Matéria será exibida no próximo domingo, dia 06 de junho de 2.010, não deixem de assistir, abaixo segue o link de chamada da reportagem. http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1596838-15605,00-FANTASTICO+CONVERSA+COM+MEDICOS+E+EXPLICA+O+QUE+E+LUPUS+A+DOENCA+DA+LADY+GA.html visualizar o perfil de Associação: http://www.orkut.com.br/Profile?uid=395632869324514347&mt=2
1 - É uma forma de reumatismo em que o sistema de defesa do corpo fica desregulado. O sistema imune passa a reconhecer tecidos próprios como estranhos (perda da autotolerância). Com isso, o paciente pode apresentar lesões cutâneas, renais, neurológicas, osteoarticulares e de outros órgãos; 2 - O lúpus é raro. São menos de 10 casos para cada mil pessoas; 3 - Pode se manifestar de maneiras diferentes. Em alguns, é mais grave e, em outros, é muito leve; 4 - Há uma forma da patologia que só afeta a pele, chamada de lúpus discoide, e uma sistêmica, em que múltiplos órgãos são acometidos. Às vezes, casos de lesão apenas de pele podem evoluir para problemas em vários órgãos. Outro tipo é o neonatal, que atinge recém-nascidos por conta da desregulação do sistema imune da mãe; 5 - A sua causa é desconhecida. Sabe-se que algumas pessoas e famílias têm facilidade de desregular o sistema imune. Provavelmente, agentes infecciosos e determinados medicamentos também possam favorecer o surgimento do problema, assim como exposição ao sol; 6 - Pode aparecer em homens e mulheres de qualquer idade, mas é classicamente uma doença de pessoas jovens do sexo feminino, em idade fértil. Na maior parte das vezes, inicia entre os 20 e 40 anos, quando a proporção de casos é de mais de 10 mulheres para um homem. O hormônio feminino estrogênio facilita o desenvolvimento do lúpus e parece que o hormônio masculino desempenha papel protetor. No entanto, quando homens têm lúpus, costuma ser mais grave; 7 - A doença não tem cura. Em geral, após a menopausa, tende a diminuir espontaneamente, exigindo menos medicação; 8 - Na forma cutânea, os sintomas são lesões de pele características (manchas particularmente nas áreas que tomam sol, como rosto, o "V" do decote e braços). Os indícios do problema sistêmico variam de acordo com o órgão atingido. Dores articulares são muito frequentes. O chamado ¿fenômeno de Raynaud¿, quando os dedos das mãos ficam muito frios e descorados ou arroxeados quando expostos ao frio, também são comuns; 9 - Alterações emocionais intensas podem modular o sistema imune e facilitar o aparecimento ou o agravamento da doença. Quando o lúpus atinge o sistema nervoso central, pode provocar alterações emocionais e até distúrbios comportamentais às vezes graves; 10 - A biópsia da lesão de pele costuma ser muito útil no diagnóstico das formas cutâneas da doença. Alterações laboratoriais e pesquisa de autoanticorpos auxiliam na confirmação das hipóteses clínicas; 11 - O tratamento varia conforme a gravidade e os órgãos afetados. Geralmente, se utiliza uma combinação de corticosterides tópicos ou sistêmicos (via oral ou injetável), anti-inflamatórios, imunossupressores e antimaláricos; 12 - As principais mudanças de hábito que o paciente deve realizar são evitar a exposição solar e os estrogênios (utilizados em anticoncepcionais e na reposição hormonal). Pessoas com lúpus têm muito mais doenças cardiovasculares. Portanto, devem se preocupar em fazer de maneira mais intensa o que todos precisam: afastar a obesidade e alimentos gordurosos, praticar exercícios e não fumar; 13 - Se não tratar o lúpus cutâneo, podem surgir lesões graves de pele. Quando a doença é sistêmica, há risco de perda de função dos órgãos envolvidos e mesmo de morte pela atividade da doença. As infecções em pacientes devem ser prontamente cuidadas, pois se disseminam com maior facilidade; 14 - Estima-se que todas as formas de lúpus atinjam cerca de 1% da população mundial. Isso significa aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo e 2 milhões no Brasil.