AVISO IMPORTANTE

"As informações fornecidas são baseadas em artigos científicos publicados. Os resumos das doenças são criados por especialistas e submetidos a um processo de avaliação científica. Estes textos gerais podem não se aplicar a casos específicos, devido à grande variabilidade de expressão da doença. Algumas das informações podem parecer chocantes. É fundamental verificar se a informação fornecida é relevante ou não para um caso em concreto.

"A informação no Blog Estudandoraras é atualizada regularmente. Pode acontecer que novas descobertas feitas entre atualizações não apareçam ainda no resumo da doença. A data da última atualização é sempre indicada. Os profissionais são sempre incentivados a consultar as publicações mais recentes antes de tomarem alguma decisão baseada na informação fornecida.

"O Blog estudandoraras não pode ser responsabilizada pelo uso nocivo, incompleto ou errado da informação encontrada na base de dados da Orphanet.

O blog estudandoraras tem como objetivo disponibilizar informação a profissionais de cuidados de saúde, doentes e seus familiares, de forma a contribuir para o melhoramento do diagnóstico, cuidados e tratamento de doenças.

A informação no blog Estudandoraras não está destinada a substituir os cuidados de saúde prestados por profissionais.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

RICKETTSIOSE

O que são rickettsias? Por: Maria Ramos Células humanas infectadas por rickettsias O termo “rickettsiae” se refere ao grupo de micro-organimos da classe Proteobacteria, que compreende espécies do gênero Rickettsia, Orientia, Ehrlichia, Anaplasma, Neorickettsia, Coxiella, e Bartonella. As rickettsias são parasitas de artrópodes como piolhos, pulgas e carrapatos. No homem, causam doenças como tifo, erlichiose, febre maculosa e febre Q. As rickettsias são parasitas intracelulares obrigatórios, o que significa que elas só sobrevivem no interior de outras células. Até um passado não muito distante, elas eram consideradas “grandes vírus” porque, assim como estes agentes infecciosos, somente conseguem se desenvolver em tecidos vivos. A classificação das rickettsias é feita com base na similaridade das respostas imunológicas (produzidas pelo sistema de defesa do organismo) que estes micro-organismos induzem no corpo humano, e não por eles provocarem doenças semelhantes: as manifestações clínicas e o tempo de duração das rickettsioses variam consideravelmente. As rickettsias não costumam ser transmitidas de pessoa para pessoa, exceto por transfusão sanguínea e transplante de órgão, embora espécies do gênero Coxiella também possam ser adquiridas pela placenta, durante a gestação, e por vias sexuais. Com exceção do tifo exantemático, o homem é apenas hospedeiro acidental das rickettsias. A forma de contágio mais comum é pela saliva e fezes de artrópodes infectados e contato direto com sangue, fezes e leite de animais contaminados (veja, em cada doença, quem são os animais reservatórios). As rickettsioses são, em geral, tratadas satisfatoriamente com antibióticos. Para evitar a disseminação das rickettsioses é muito importante que as pessoas evitem, ao máximo, viajar com animais de estimação para locais onde há registros de rickettsioses, ou que são conhecidamente infestados por pulgas e carrapatos, a fim de evitar que estes animais se tornem vetores de doenças nas suas cidades de origem. A primeira rickettsia, a R. prowazekii, que provoca o tifo exantemático, foi descoberta pelo cientista brasileiro Henrique da Rocha Lima. Para saber mais sobre bactérias e rickettsias. Introdução e objetivos De todas as doenças que afligiram o homem, as doenças causadas por espécies de bactérias do gênero Rickettsia se situam entre aquelas doenças que mais causaram sofrimento e morte, inclusive para vários pesquisadores pioneiros no diagnóstico e na pesquisa sobre as mesmas (Galvão, 1996). Historicamente em 1899, Maxcy descreve nos Estados Unidos, as manifestações clínicas da febre das Montanhas Rochosas. No período de 1906 a 1909, Ricketts conseguiu sucesso na transmissão dessa doença para porquinhos da Índia, incriminou o carrapato como vetor, e observou rickettsias em esfregaços preparados a partir de tecidos de carrapatos (Ricketts, 1909). No ano de 1929, em São Paulo, José Toledo Piza iniciou a distinção da febre maculosa das demais doenças exantemáticas no Brasil, inclusive chegando a demonstrar sua semelhança com a entidade nosológica descrita pelos americanos como Rocky Mountain spotted fever (Piza, 1932). Durante a Segunda Grande Guerra, surgiram alguns avanços no controle das rickettsioses, como o uso de inseticidas no combate aos vetores e o advento dos antibióticos na década de 40, com resultados importantes no tratamento das rickettsioses (Galvão, 1996). No que toca à febre maculosa brasileira (FMB), a mesma tem sua ocorrência reconhecida nos Estados de Minas Gerais (Dias & Martins, 1937; Galvão et al., 1999; Magalhães, 1952), Rio de Janeiro (Gonçalves et al., 1981), Bahia (Mancini, 1983), São Paulo (Melles et al., 1992) e Espírito Santo (Sexton et al., 1993). No Estado de Minas Gerais, a FMB tem ocorrido em áreas onde os residentes estão expostos a habitats infestados por carrapatos. As regiões com maior número de casos no Estado são os vales do Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha, localizados na região nordeste de Minas Gerais (Figura 1). Essas áreas consideradas sob pressão econômica, requerem que indivíduos se aventurem em regiões infestadas por carrapatos em busca de sua sobrevivência. Em 64 casos investigados nessas áreas, foi observada uma taxa de letalidade para FMB de 19% entre 1993 e 1995 (Galvão, 1996). Desde que as evidências disponíveis sugerem fortemente, que as rickettsioses podem se constituir numa significante fração não reconhecida dentro dos casos de doença febril a esclarecer nessas populações, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a Fundação Ezequiel Dias (FUNED) em Minas Gerais, decidiram implantar um programa de vigilância contínua para rickettsioses nessas regiões, incluindo a realização de inquéritos sorológicos em comunidades e em grupos de risco. Referências DIAS, E. & MARTINS, A. V., 1937. Aspectos do typho exanthemático em Minas Gerais. Brasil Médico, 14:431-41. DUMLER, S. J. & WALKER, D. H., 1994. Diagnostic tests for Rocky Mountain spotted fever and other rickettsial diseases. Dermatologic Clinics, 12:25- 36. GALVÃO, M. A. M., 1988. A Febre Maculosa Brasileira em Minas Gerais e seus Determinantes. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. GALVÃO, M. A. M., 1996. Febre Maculosa em Minas Gerais: Um Estudo sobre a Distribuição da Doença no Estado e seu Comportamento em Área de Foco Peri-urbano. Tese de Doutorado, Belo Horizonte: Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais. GALVÃO, M. A. M.; CHAMONE, C. B.; CALIC, S. B.; MACHADO, M. C.; OTONI, M. E. A.; DIETZE, R.; MORON, C.; FENG, H. M.; OLANO, J. P. & WALKER, D. H., 1999. Serologic evidence of spotted fever group Rickettsia in Novo Cruzeiro Municipality – Minas Gerais State – Brazil. In: Rickettsial Diseases at the Turn of the Third Millennium (D. Raoult & P. Brouqui, ed.), pp. 240-243, Marseille: Elsevier. GALVÃO, M. A. M.; RIBEIRO, J. G. L. & MACHADOPINTO, J., 2000. Rickettsioses. In: Doenças Infecciosas na Infância e na Adolescência (E. Tonelli & L. M. S. Freire, org.), pp. 1517-1529, Rio de Janeiro: Medsi. GONÇALVES, A. J. R.; LOPES, P. F. A.; MELO, J. C. P.; PEREIRA, A. A.; PINTO, A. M. M. & LAZERA, M. S., 1981. Rickettsioses: A propósito de quatro casos diagnosticados no Rio de Janeiro de febre maculosa brasileira. Folha Médica, 82:127-134. KAPLAN, J. E. & SCHONBERGER, L. B., 1986. The sensitivity of various serologic tests in the diagnosis of Rocky Mountain spotted fever. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 35:840-844. LA SCOLA, B. & RAOULT, D., 1997. Laboratory diagnosis of rickettsioses: Current approaches to diagnosis of old and new rickettsial diseases. Journal of Clinical Microbiology, 35:2715-2727. LEMOS, E. R. S., 1991. Aspectos Epidemiológicos da Rickettsiose do Grupo da Febre Maculosa em uma Área Endêmica do Estado de Minas Gerais, Brasil. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz. MAGALHÃES, O., 1952. Contribuição ao Conhecimento das Doenças do Grupo Exantemático. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. MANCINI, D. A. P., 1983. A ocorrência de riquetsioses do grupo Rickettsia rickettsii. Revista de Saúde Publica, 17:493-499. MELLES, H. H.; COLOMBO, S. & SILVA, M. V., 1992. Spotted fever: Isolation of Rickettsia from a skin biopsy sample. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 34:37-41. NEWHOUSE, V. F.; SHEPARD, C. C.; REDUS, M. D.; TZIANABOS, T. & McDADE, J. E., 1979. A comparison of complement fixation, indirect fluorescent antibody, and micro agglutination tests for the serological diagnosis of rickettsial diseases. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 28:387-395. OLIVEIRA, R. P.; GALVÃO, M. A. M.; MAFRA, C. L.; CHAMONE, C. B.; CALIC, S. C.; SILVA, S. U. & WALKER, D. H., 2002. Rickettsia felis in Ctenocephalides spp. Fleas, Brazil. Emerging Infectious Diseases, 8:317-319. PIZA, J. T., 1932. Considerações epidemiológicas e clínicas sobre o Tifo Exantemático de São Paulo. In: Tifo Exantemático de São Paulo (J. T. Piza, J. R. Meyer & L. Salles-Gomes, org.), pp. 11-119, São Paulo: Sociedade Impressora Paulista. RAOULT, D.; LA SCOLA, B.; ENEA, M.; FOURNIER, P. E.; ROUX, V.; FENOLLAR, F.; GALVÃO, M. A. M. & DE LAMBALLERIE, X., 2001. A flea-associated Rickettsia pathogenic for humans. Emerging Infectious Diseases, 7:73-81. RICKETTS, H. T., 1909. A microorganism which apparently has a specific relationship to Rocky Mountain spotted fever. JAMA, 52:379-380. SEXTON, D. J.; MUNIZ, M.; COREY, G. R.; BREITSCHWERDT, E. B.; HEGARTY, B. C.; DUMLER, J. S.;WALKER, D. H.; PEÇANHA, P. M. & DIETZE, R., 1993. Brazilian spotted fever in Espírito Santo, Brazil: Description of a focus of infection in a new endemic region. American Journal of Tropical Medical and Hygiene, 49:222-226. TAYLOR, J. P., 1985. Serological evidence of subclinical Rocky Mountain spotted fever infections in Texas. Journal of Infectious Diseases, 151:367-369. Recebido em 19 de setembro de 2001 Versão final reapresentada em 1 de março de 2002 Aprovado em 5 de abril de 2002 Fonte: http://www2.ncid.cdc.gov/travel/yb/utils/ybGet.asp?section=dis&obj=rickettsial.htm Foto retirada em: ASM MicrobeLibrary Autor: Jenifer Turco

ESCRÓFULA

Denomina-se escrófula a um processo infeccioso que afecta aos ganglios linfáticos (com frequência os do pescoço), causado pelo Mycobacterium tuberculose (ainda que em meninos também pode se dever a Mycobacterium scrofulaceum ou Mycobacterium avium.) Quadro clínico A infecção contrai-se ao contacto com pacientes propagadores do Mycobacterium, através das vias aéreas. A infecção se disemina pelo organismo e quando coloniza os ganglios cervicales provoca umas úlceras características ("escrófulas") que podem drenar material purulento. Vem posteriormente a um ganglio satelite que pode drenar em forma de escrofula, o paciente aparecerá com tosse, febre, baixada de importância e cansaço. Os sintomas são inflamación, geralmente dolorosa, dos ganglios do pescoço, em ocasiões febre, e em alguns casos, a ulceración e drenaje dos ganglios.´ O diagnóstico realiza-se mediante a confirmação mediante cultivo, histología, etc, do agente infeccioso. O tratamento consiste na eliminação da infecção mediante o uso de antibióticos específicos

www.guida.com.br

www.guida.com.br NOTÍCIAS Mais uma conquista pelo excelente trabalho do coordenador do REDOME - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea e sua Equipe Fonte: Medula Net