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sábado, 21 de maio de 2011

Síndrome da Guerra do Golf


É uma doença que atinge veteranos da Guerra do Golfo de 1991, bem como civis que estiveram perto das áreas de conflito ou das demolições de depósitos de armas químicas. Caracteriza-se por uma vasta gama de sintomas crônicos e agudos, notadamente danos ao sistema imune e malformações congênitas. Nem sempre foi claro se os sintomas estavam relacionados com os serviços prestados na guerra ou se a ocorrência de determinadas doenças é comparável à de populações comuns.
A síndrome é causada pela exposição a substâncias químicas tóxicas. Várias delas foram investigadas, incluindo o brometo de piridostigmina (um antídoto contra gases nervosos),pesticidas organofosforados, armas químicas e urânio empobrecido. Foram descartados como possíveis causas da síndrome o stress pós-traumático, a vacina contra Anthrax, que continha o adjuvante esqualeno[1] e a fumaça proveniente dos incêndios nos campos de petróleo do Kuwait. O uso das pílulas do antídoto, ministradas para proteger as tropas de agentes nervosos, e de repelente de insetos parecem ser as causas mais prováveis.
Desde o final da Guerra do Golfo, o United States Veteran Administration e British Ministry of Defense têm realizado inúmeros estudos sobre os veteranos de guerra. Os últimosestudos têm determinado que, enquanto a saúde física dos veteranos implantados é semelhante ao de não-veteranos implantados, há um aumento de quatro das 12 condições médicas relatadas sobre a guerra (fibromialgiasíndrome de fadiga crónicaeczema, e dispepsia).[2] Também concluiu que, embora a mortalidade tenha sido significativamente maior em veteranos implantados, a maior parte do aumento deveu-se a acidentes automobilísticos.

Sintomas

Os sintomas atribuídos a esta síndrome, incluem: fadiga crónica, perda de controle muscular, dores de cabeça, tonturas e perda de equilíbrio, problemas de memória, dores nasarticulações e músculos, indigestão, problemas de pele, falta de ar, e até mesmo da resistência à insulinaMortes por câncer cerebralesclerose lateral amiotrófica (vulgarmente conhecida como doença de Lou Gehrig) e fibromialgia são agora reconhecidos pela Defesa dos Assuntos de Veteranos como potencialmente ligados ao serviço durante a Guerra do Golfo.[3]
Cerca de 30 por cento dos 700 mil militares estadunidenses e mulheres presentes na guerra têm registro no banco de dados da Guerra do Golfo, criado pela American Legion. Alguns continuam sofrendo uma desconcertante variedade de sintomas.[4]As tabelas abaixo se aplicam somente a coligação forças envolvidas na guerra. Uma vez que cada nação e seussoldados geralmente servia em diferentes regiões geográficas, epidemiologistas estão utilizando estas estatísticas para correlacionar efeitos da exposição a diferentes causas suspeitas.
Estados Unidos e Reino Unido, com as maiores taxas da doença, se distinguem de outras nações com as maiores taxas de utilização de pesticidas, uso de vacinas contra antraz, e um pouco mais elevadas taxas de exposição ao fumo.[5] A França, possivelmente com as mais baixas taxas de doença, tinham menores taxas de utilização de pesticidas, e não havia uso de vacinas contra antraz.[6]
Excesso de prevalência de sintomas gerais


Sintoma↓Estados Unidos↓Reino Unido↓Austrália↓Dinamarca↓
Fadiga23%23%10%16%
Cefaléias17%18%7%13%
Problemas de memória32%28%12%23%
Dor muscular18%17%5%<2%
Diarréia16%9%13%
Dispepsia/indigestão12%5%9%
Problemas de pele16%8%12%
Falta de ar13%9%11%
Condições:[8]
Condição↓Estados Unidos↓Reino Unido↓Canadá↓Austrália↓
Condições de pele20-21%21%4-7%4%
Problemas nas articulações6-11%10%(-1)-3%2%
Problemas Gastro-Intestinais15%5-7%1%
Problemas respiratórios4-7%2%2-5%1%
Fadiga crónica1-4%3%0%
Stress pós-traumático2-6%9%6%3%
Multisintomas crónicos13-25%26%

Referências

  1.  Gulf War Illness and Health of Gulf War Veterans
  2.  Annals of Internal Medicine. Gulf War Veterans' Health: Medical Evaluation of a U.S. Cohort. June 7, 2005
  3.  First Gulf War still claims livesSeattle Post-Intelligencer. 28 de maio de 2008
  4.  (Associated Press, August 12, 2006, free archived copy at: http://www.commondreams.org/headlines06/0812-06.htm Acessado em 28 de maio de 2008)
  5.  Research Advisory Committee on Gulf War Veterans’ Illnesses December 12-13, 2005 Committee Meeting Minutes (page 78)
  6.  Research Advisory Committee on Gulf War Veterans’ Illnesses December 12-13, 2005 Committee Meeting Minutes (page 68)
  7.  Research Advisory Committee on Gulf War Veterans’ Illnesses December 12-13, 2005 Committee Meeting Minutes (page 70)
  8.  Research Advisory Committee on Gulf War Veterans’ Illnesses December 12-13, 2005 Committee Meeting Minutes (page 71)

Telangiectasia hemorrágica hereditária


É

 uma doença autossómica dominante.[1] Pensa-se serem dois os genes envolvidos: ENG ou ALK-1. Este síndrome caracteriza-se clinicamente pela tríade: telangiectasiasepistaxe recorrente e história familiar. A principal causa de morbilidade e mortalidade relaciona-se com malformações arteriovenosas (MAV) presentes em vários órgãos e a consequente hemorragia que lhes pode estar associada. A doença tem um grande espectro clínico e os pacientes podem ser assimptomáticos ou ter vários órgãos envolvidos, os quais podem dar sintomas ou sinais em qualquer idade. O tratamento passa por limitar as hemorragias, quer através de terapêuticas farmacológicas quer cirúrgicas, nomeadamente eventual intervenção cirúrgica nas MAV, e tratar/minimizar as sequelas. O prognóstico depende da severidade dos sintomas.

Doença de Refsum


A doença de Refsum é uma perturbação hereditária rara em que o ácido fitânico, um produto do metabolismo das gorduras, se acumula nos tecidos.
Uma acumulação de ácido fitânico conduz a lesões dos nervos e da retina, movimentos espasmódicos e alterações ósseas e cutâneas. O tratamento consiste em evitar o consumo de frutas verdes e de vegetais que contêm clorofila. A plasmaférese, que permite a extracção do ácido fitânico do sangue, pode ser útil.Doença de Refsum

doença de Refsum é uma perturbação hereditária rara em que o ácido fitânico, um produto do metabolismo das gorduras acumula-se nos tecidos. Esta a acumulação leva a lesões dos nervos e da retina, movimentos espasmódicos e alterações ósseas e cutâneas.
Quais os sintomas
Os sintomas podem ser variáveis desdecegueira nocturna e movimentos descoordenados.
Quando se manifesta
Pode manifestar-se entre os 4 e os 20 anos
Causas
Esta doença é causada por um defeito nos sistemas enzimáticos  que são responsáveis pelometabolismo do ácido fitânico. Este ácido está presente no peixe e nos lacticínios.
Tratamento
O tratamento consiste em evitar o consumo de frutas verdes e de vegetais que contêm clorofila, de modo a reduzir ou eliminar a ingestão de ácido fitânico.

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