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quinta-feira, 2 de julho de 2009

PROBLEMAS NA LEGISLAÇAO

Pacientes com doenças raras recorrem à Justiça para conseguir medicamentos Ana Luiza Zenker Repórter da Agência Brasil Brasília - O governo federal precisa de uma política específica para o atendimento de pacientes com doenças raras, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Salmo Raskin. Em entrevista à Agência Brasil, o médico geneticista afirmou que o atendimento ainda é desorganizado e não obedece praticamente a nenhuma diretriz médica, mas sim a ações judiciais. “As pessoas entram com ação contra o governo, na maioria das vezes acabam ganhando essas ações, claro que muitas pessoas na verdade deveriam mesmo receber o medicamento, mas é possível que existam casos que não preencheriam certos critérios pra receber os medicamentos”, disse. Esse tipo de parâmetro clínico é necessário para o diagnóstico e para a definição do tratamento em particular porque, em se tratando de doenças raras, o tratamento, quando existe, é de alto custo. Ainda que nos últimos anos a indústria farmacêutica tenha se dedicado a desenvolver tratamento para essas doenças, como o investimento é grande e o mercado é pequeno, o preço dos remédios é muito alto quando estão prontos para serem usados pelos pacientes. Por isso, “não pode acontecer de pacientes que não precisam do medicamento ou pacientes para os quais o medicamento não terá utilidade façam uso dele, onerando o Estado”, disse. A situação é testemunhada por Wanderlei Fante, de Campinas (SP). Ele é portador da Doença de Fabry, doença rara caracterizada pela deficiência de uma enzima que retira gordura do corpo. Com essa deficiência, essa gordura vai se acumulando com o tempo em diversos órgãos, podendo até levar à morte. Wanderlei é presidente da Associação Brasileira de Pacientes Portadores da Doença de Fabry e disse que ainda falta apoio do governo para o tratamento adequado. “A gente fica em busca própria [por tratamento]; foi o que aconteceu comigo, sentindo a necessidade de outras pessoas, eu fundei a associação para gente nos unir e buscar uma melhor qualidade referente a esse tratamento, esse apoio”. A principal luta ainda é pelo o que eles consideram como o apoio fundamental: medicamentos. “O nosso medicamento não está ainda incluído na lista do SUS, então se torna muito difícil o acesso ao medicamento e a gente precisa desenvolver um bom trabalho para que se tenha acesso ao tratamento, para garantir a vida”, explicou. Apesar dessas dificuldades, o geneticista Salmo Raskin ressaltou que a Portaria 81, instituindo a Política Nacional de Genética Clínica, é uma vitória e traz novas esperanças. “Só o fato de ter admitido que as doenças raras passam a ser um problema de saúde pública no Brasil é um passo histórico, nós não podemos desmerecer”. Ele disse que, com a portaria, de janeiro deste ano, daqui a dez anos a situação do atendimento de genética pode estar completamente diferente. “Se ela tivesse vindo há dez anos, hoje as coisas estariam fluindo muito melhor, a estrutura de atendimento em genética já teria se consolidado no país e certamente as pessoas poderiam ter uma qualidade de vida muito melhor, principalmente nas famílias que têm esse tipo de doença”, concluiu.

CANDIDIASE DIABETICA

A INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS NO APARECIMENTO DA CANDIDÍASE VAGINAL A Influência do Diabetes A Cândida é um membro da microbiota normal das mucosas do trato respiratório, trato gastrintestinal e trato genital feminino. A Candidíase é uma patologia que pode atingir a superfície cutânea e as mucosas, resultando em candidíase oral, candidíase vaginal, intertrigo, paroníquia e onicomicose. A candidíase vaginal normalmente é causada pela Candida albicans, mas outras espécies como Candida glabrata, Candida tropicalis, Candida parapsilosis, Candida krusei, entre outras, também podem estar envolvidas. Este estudo objetivou realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o Diabetes mellitus e a candidíase, ressaltando as causas que levam as pacientes portadoras do diabetes a adquirirem candidíase vaginal. O estudo desenvolvido foi de caráter bibliográfico, sendo os dados coletados nas bases de dados (PubMed, Scielo, Lilacs) e em livros e manuais técnicos de 2003. A amostra foi constituída de 42 publicações, sendo que tanto para artigos científicos como para livros a freqüência relativa foi igualitária (45,23%). Os achados mostram que as publicações eram oriundas de periódicos da Europa/América do Norte/África (28,57%), enquanto (16,67%) da América Central/América do Sul. Quanto aos livros a maioria (40.48%) foi editada em português. Os diversos trabalhos que tratam do assunto relacionam as duas patologias somente a dois fatores: a queda da imunidade e o alto nível de glicose sanguínea, nos tecidos e na urina, favorecendo a instalação do fungo. A candidíase deve ser tratada como problema de saúde pública, devido ao fato de estar altamente disseminada entre as mulheres diabéticas, sendo necessário avaliações periódicas, orientação e tratamento adequado para que se evite recidivas. Portanto, outras pesquisas direcionadas para a investigação dos fatores que levam a insuficiência dos mecanismos normais de defesa precisam ser realizadas para o maior esclarecimento da relação entre Diabetes e Candidíase. *Aluna de Pós-Graduação lato senso (Especialização em Citopalogia) da Universidade Estadual de Ponta-Grossa; **Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas; ***Acadêmicas do Curso de Graduação em Farmácia da UNIOESTE. e-mail: macosta@unioeste.br Revista indexada no Periodica, índice de revistas Latino A