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quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Síndrome de Tourette
Síndrome de Tourette
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Síndrome de Tourette é uma desordem neurológica ou neuroquímica caracterizada por tiques involuntários, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma maneira.
Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não existem duas pessoas no mundo que apresentem os mesmos sintomas. A maioria das pessoas afectadas são do sexo masculino.
O início da síndrome geralmente se manifesta em sua infância ou juventude, eventualmente atingindo estágios classificados como crônicos. Porém, no decorrer da vida adulta, freqüentemente, os sintomas vão aos poucos se amenizando e diminuindo. Mesmo assim, até hoje ainda não foi encontrada uma cura para a Tourette. Tratamentos médicos existem para amenizar os sintomas da síndrome, porém, o consenso entre os profissionais da área é que os tratamentos precisam ser individualizados por causa das sempre presentes conseqüencias adversas da receita e aplicação de medicamentos.
Os referidos tiques são movimentos bruscos involuntários que podem se manifestar em qualquer parte ou conjunto de partes do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços etc.), mas tipicamente eles ocorrem no rosto e na cabeça - no rosto em forma de caretas repetidas e na cabeça como um todo em forma de movimentos bruscos, repetidos, de lado-a-lado etc.
Um aspecto que merece ênfase ao se tentar explicar ou compreender essa síndrome é que os sintomas ocorrem involuntariamente. Raramente uma pessoa que sofre desta síndrome consegue controlar um mínimo de seus tiques e jamais por prolongados períodos de tempo. Assim como o ser humano não consegue viver por muito tempo com os olhos abertos, pois seu corpo reage de forma natural, inconsciente, para que seus olhos pisquem, dessa mesma forma se manifestam os sintomas da síndrome de Tourette no indivíduo por ela afetado.
Infelizmente a reação de muitas pessoas desinformadas perante manifestações da síndrome de Tourette é aquela de fobia ao diferente. Ainda mais, às vezes, a reação é de repreensão. Isso ocorre especialmente quando a pessoa afetada pela síndrome de Tourette manifesta sintomas de coprolalia.
A coprolalia enquadra aqueles indivíduos que, além de outros sintomas de Tourette, se vêem obrigados a repetir palavras obscenas e/ou insultos. Obviamente as conseqüências desse tipo de comportamento geralmente se traduzem em diferentes graus de desvantagens no âmbito social.
[editar] História
O termo síndrome de Tourette foi concebido em 1885 pelo neurólogo francês Georges Albert Brutus Édouard Gilles de la Tourette. No entanto, ao referir-se simplesmente ao sobrenome deste pioneiro da medicina, o correto é dizer ou escrever Gilles de la Tourette (e não simplesmente Tourette).
Na verdade, a síndrome de Tourette foi descrita pela primeira vez já em 1825 e também por um médico francês, um predecessor de Gilles de la Tourette: Jean Marc Gaspard Itard. A sua paciente naquele momento histórico da medicina foi a Marquesa de Dampierre. Marquesa de Dampierre era uma mulher que pertencia à classe alta e era considerada - deveras - influente em sua época.
SINDROME BURNOUT
Síndrome de burnout e sua prevalência em enfermeiros é tema de estudo.
Caracterizada pelo cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, a síndrome de burnout, que atinge principalmente médicos, enfermeiros, profissionais de saúde em geral e professores, retrata um indivíduo que lida com o público e que se mostra desmotivado, pouco compreensivo e com tratamento distante e desumanizado para com os pacientes, culpando-os dos problemas pelos quais estão passando. Com objetivo de auxiliar a prevenção de problemas decorrentes dessa situação, pesquisadores da Universidade do Sul de Santa Catarina se propuseram a determinar a prevalência da síndrome entre 151 trabalhadores de um serviço de enfermagem de um hospital de grande porte de Santa Catarina. Os resultados, publicados na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram uma prevalência de 35,7% da doença.
“Poucas foram as pesquisas no Brasil que procuravam investigar os problemas de saúde que esses trabalhadores enfrentam, associando-os com as características dessa enfermidade”, afirmam os pesquisadores. “O perfil padrão do trabalhador com burnout encontrado pela pesquisa foi: cargo técnico de enfermagem, sexo feminino, entre 26 e 35 anos, casado, sem filhos e com mais de cinco anos de profissão”.
Segundo os pesquisadores, os locais de trabalho que concentraram maior número de trabalhadores com a doença foram os setores agrupados (42%), a UTI (25,9%) e a UTI Neonatal (18,5%). “Salientamos que mais da metade dos trabalhadores entrevistados assinalou nível de cansaço emocional baixo e 50% assinalaram níveis de realização pessoal altos”, comentam os estudiosos. “Apesar disso, a prevalência da síndrome de burnout encontrada entre os trabalhadores pesquisados foi relativamente alta, uma vez que mais de um terço deles apresentou pelo menos uma dimensão da síndrome em níveis críticos”.
Os pesquisadores ainda destacam que a associação da síndrome com o tempo de profissão (mais de cinco anos) sugere que a exposição prolongada a condições de trabalho estressantes e subvalorizadas pode estar relacionada ao surgimento e ao agravamento de sintomas. “A pesquisa, ao indicar o sofrimento psíquico a que está submetido um grupo de trabalhadores da saúde, explicita condições de trabalho que devem ser investigadas de forma mais consistente em busca de respostas que possam contribuir para a prevenção de novos casos, a recuperação dos já acometidos e, principalmente, a promoção de condições de vida e trabalho que garantam a saúde física e mental de todos os trabalhadores de saúde de forma permanente”, concluem os pesquisadores no artigo.
Texto: Renata MoehleckeFonte: Agência Fiocruz de Notícias
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