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quarta-feira, 21 de outubro de 2009
SINDROME DE LI FRAUMENI
ANTICORPOS ANTI RO
Fator Antinuclear - FAN Nas pesquisas realizadas por imunofluorescência indireta, os resultados são expressos em títulos, segundo as diluições empregadas. É possível trabalhar utilizando-se como limite títulos de 1/40, que permitem maior sensibilidade, ou de 1/80, que permitem maior especificidade, ou seja, um menor número de falso-positivos. Na prática clínica, são considerados significativos títulos superiores a 1/160. Os resultados com títulos positivos são acompanhados pela descrição do padrão de fluorescência encontrado, que serve como orientação da presença de um antígeno específico e, em alguns casos, como padrão diagnóstico. Em determinadas situações, em especial no LES em atividade, pode ocorrer a observação de mais de um padrão de fluorescência.
SINDROME DE BRUGADA
A Síndrome de Brugada é uma arritmia hereditária (autossómica dominante) que predispõe a arritmias ventriculares que podem ser fatais.
É provocada por uma mutação no gene SCN5A, que leva a uma alteração estrutural dos canais de sódio do coração.
Tem especial incidência em indivíduos adultos e do sexo masculino. Também ocorre com mais frequência em indivíduos de origem asiática.
Pode provocar morte súbita (através de taquicardia ventricular polimórfica), principalmente em indivíduos em repouso ou durante o sono.
A síndrome de Brugada é uma condição rara, podendo
em função de seu caráter mutante de apresentação ser
de difícil diagnóstico. Relatamos um caso, discutindo os
aspectos diagnósticos e a evolução clínica de um paciente
com os achados característicos da síndrome, definidos
especialmente pela presença de supradesnivelamento de
J-ST em derivações direitas em registros eletrocardiográficos
seriados, amplas flutuações de pontos J e segmentos
ST durante as 24h nos registros do Holter e morte súbita
noturna. Destacamos a importância dos achados do
Holter para complementação diagnóstica, inclusive com
a possibilidade de através desse método estabelecer a correlação
entre as atividades de vigília e o sono e a variabilidade
do grau de comprometimento da repolarização
ventricular.
O estudo das chamadas doenças elétricas primárias
do miocárdio vem, nesta última década, despertando um
progressivo e elevado interesse. O esforço conjunto de arritmólogos,
eletrofisiologistas e geneticistas permitiu esclarecer
inúmeros aspectos fisiopatológicos e clínicos destas
doenças, influenciando favoravelmente em seus prognósticos.
Dentre as que têm despertado mais interesse, incluemse
a síndrome congênita do QT longo e, mais recentemente,
a síndrome de Brugada 1,2. Ambas têm como característica
comum, quando evoluem em sua forma natural, a presença
de um elevado potencial para o desenvolvimento de arritmias
ventriculares graves com produção de quadros sincopais
e/ou morte súbita. Assim, em função desse prognóstico,
bem como de um diagnóstico muitas vezes duvidoso,
pareceu-nos válido publicar os dados referentes à evolução
de um paciente com a síndrome de Brugada.