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sábado, 10 de outubro de 2009

Rabdomiólise

Rabdomiólise

Definição:

Distúrbio que envolve lesão ao rim causada pelos efeitos tóxicos do conteúdo das células musculares.

Causas, incidência e fatores de risco:

A mioglobina é um pigmento contendo ferro encontrado no músculo esquelético.Em caso de dano a esse músculo, a substância é liberada na corrente sangüínea e filtrada para fora desse fluxo pelos rins, podendo obstruir as estruturas renais e causar danos como uma necrose tubular aguda ou umainsuficiência renal. A mioglobina se decompõe em elementos potencialmente tóxicos, que também podem provocar essa insuficiência. O músculo esqueléticonecrótico (tecido morto) pode causar desvios maciços a partir da corrente sangüínea para dentro do músculo, reduzindo o volume de líquido relativo do corpo e conduzindo a um quadro de choque e de fluxo reduzido de sangue para os rins.

O distúrbio afeta cerca de 1 em cada 10.000 pessoas de qualquer idade, sexo e raça e pode ser provocado por qualquer condição que resulte em danos ao músculo esquelético, especialmente os traumas.

Os fatores de risco incluem:

EOSINOFILIA


A eosinofilia é uma quantidade anormalmente alta de eosinófilos no sangue.

A eosinofilia não é uma doença, mas pode ser uma resposta a uma doença. Uma quantidade elevada de eosinófilos no sangue habitualmente indica uma resposta apropriada perante a presença de células anormais, parasitas ou substâncias que causam uma reacção alérgica (alergenos).

Uma vez formados os eosinófilos na medula óssea, entram na circulação sanguínea, mas permanecem ali apenas algumas horas antes de emigrarem para os tecidos do organismo. Quando uma substância estranha entra no corpo, é detectada pelo linfócitos e pelos neutrófilos, que libertam substâncias que atraem os eosinófilos para essa área. A seguir os eosinófilos libertam substâncias tóxicas que atacam os parasitas e destroem as células humanas anormais.

Síndroma hipereosinofílica idiopática

A síndroma hipereosinofílica idiopática é uma perturbação em que a quantidade de eosinófilos aumenta para mais de 1500 células por microlitro de sangue durante um período superior a 6 meses sem uma causa evidente.

A síndroma hipereosinofílica idiopática pode aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente nos homens com mais de 50 anos. Uma quantidade elevada de eosinófilos pode lesar o coração, os pulmões, o fígado, a pele e o sistema nervoso. Por exemplo, o coração inflama-se numa doença chamada endocardite de Löffler, que origina a formação de coágulos de sangue, insuficiência cardíaca ou mau funcionamento das válvulas do coração.

Os sintomas desta síndroma dependem dos órgãos lesados. Pode haver perda de peso, febre, suores nocturnos, fadiga geral, tosse, dor no peito, inflamação, dor de estômago, erupções cutâneas, mal-estar geral, fraqueza, confusão e coma. A síndroma diagnostica-se quando se detecta o aumento persistente dos eosinófilos nas pessoas que apresentam estes sintomas. Antes de começar o tratamento, deve assegurar-se que a eosinofilia não é causada por uma infecção parasitária ou uma reacção alérgica.

Sem tratamento, geralmente mais de 80 % dos doentes com esta síndroma morrem ao fim de alguns anos; com tratamento, mais de 80 % sobrevivem. A lesão cardíaca é a principal causa de morte. Algumas pessoas não precisam de tratamento e só exigem controle durante 3 a 6 meses, mas a maioria necessita de tratamento com prednisona ou hidroxiureia. Se este tratamento não for eficaz, podem usar-se outros medicamentos, combinados com um procedimento que elimina os eosinófilos do sangue (leucaferese).

Síndroma de eosinofilia-mialgia

A síndroma de eosinofilia-mialgia é uma perturbação pela qual a eosinofilia se combina com dor muscular, fadiga, inflamação, dor articular, tosse, falta de ar, erupções e anomalias neurológicas.

Embora pouco frequente, esta síndroma apareceu nos princípios dos anos 90 em pessoas que tomavam grande quantidade de triptofano, um artigo popular nas lojas de produtos naturais e por vezes recomendado pelos médicos para facilitar o sono. Uma impureza no produto, mais que o triptofano em si, é a causa provável da síndroma.

Esta síndroma pode durar entre semanas e meses depois da interrupção do triptofano e pode causar lesões neurológicas permanentes e, raramente, a morte. Não se conhece qualquer cura; em geral recomenda-se a reeducação física (fisioterapia).