Resumo: Fasciíte necrosante é infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido
subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade, se não tiver tratamento precoce. Recentemente, inúmeros casos publicados têm demonstrado aumento na freqüência e gravidade dessa infecção, particularmente causada pelo Streptococcus do grupo A (GAS)
e que acomete até mesmo pessoas jovens e saudáveis. Classifica-se em tipo I, quando causada por
flora mista de anaeróbios e outras bactérias, e tipo II, quando causada pelo GAS isolado ou associado ao Staphylococcus aureus. Os fatores predisponentes incluem: doenças crônicas e malignas,
abuso de álcool, uso de drogas endovenosas, lesões da pele como varicela, úlceras crônicas,
psoríase, cirurgia, traumas abertos e fechados, entre outros. Clinicamente destacam-se: a dor
intensa, o edema grave, a rápida progressão e a resposta pobre à antibioticoterapia. É necessário
um alto índice de suspeição para o diagnóstico clínico, que é confirmado à intervenção cirúrgica,
com a evidência de necrose da fáscia superficial. Os exames radiológicos são úteis, e o diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com celulite em seu estágio inicial. O tratamento, que
deve ser precoce, é feito com antibióticos de amplo espectro, debridamento cirúrgico agressivo e
medidas de suporte clínico e nutricional.
Palavras-chave: fasciíte necrosante; fasciíte necrosante/diagnóstico; fasciíte necrosante/terapia
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