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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Eponimos da medicina by Dr Airton Galarça da Silva

Apley, Teste de pressão de: (Alan Graham Apley) Teste ortopédico para lesão do menisco por pressão e rotação do pé com o paciente deitado em decúbito ventral e
com o joelho flexionado em 90 graus.
Com a mão sobre o calcâneo força-se movimentos de rotação interna e externa. Dor na rotação externa supõe lesão
no menisco interno; se na rotação interna, lesão do menisco externo.
Appian-Plutarch, síndrome de: (Appian de Alexandria - Plutarch)Sinais e sintomas ocasionados pela intoxicação com atropina (belladona, hioscina): nervosismo, excitabilidade,
midríase com perda da acomodação, secura da boca, dificuldades na deglutição, paralisia da bexiga, taquicardia,
hipotensão, alucinações, tremores e fadiga. Pode evoluir para colapso cardiocirculatório, coma e morte.
Trata-se de uma síndrome clínica resultante do antagonismo da acetilcolina nos receptores muscarínicos (atenção
para os vários medicamentos que têm efeitos anticolinérgicos e podem estar se potencializando).
Arahams, sinal de: (Robert Abrahams)Fenômeno auscultatório sobre a parte acromial da clavícula: crepitação e outros sons adventícios indicando
progresso de tuberculose incipiente para avançada. Esses sons frequentemente podem não ser ouvidos na
auscultação do ápice do pulmão nos lugares típicos.
Arakawa, síndrome I de: (Tsuneo Arakawa)Síndrome da deficiência de formiminotransferase (erro inato) caracterizada por retardos mental e do
desenvolvimento físico e por defeitos cerebrais. As desordens cerebrais incluem atrofia do córtex cerebral, dilatação
dos ventrículos cerebrais e EEG anormal.
Trata-se de uma deficiência do metabolismo do ácido fólico que se traduz no aumento dos níveis urinários de ácido
formiminoglutamático e provável defeito da ciclodeaminase. Alterações hematológicas incluem anemias
megaloblástica e normocítica e neutrófilos hipersegmentados. A síndrome é de origem familiar e transmitida como
um traço autossômico recessivo. Descrita inicialmente em 1965.
Arakawa, síndrome II de: (Tsuneo Arakawa)Um erro inato do metabolismo da metilcobalamina com uma deficiência da enzima tetrahidrofolato-metiltransferase.
Ela é associada com retardos mental e do crescimento, anemia megaloblástica, vômito, diarréia, palidez, pectus
excavatum, escoliose, hipotonia e hepatoesplenomegalia. Complicações neurológicas incluem mioclonias, atrofia
cerebral, dilatação ventricular, anormalidades no EEG e crises convulsivas. A herança é autossômica dominante.
Descrita em 1967.
Arakawa-Higashi, síndrome de: (Tsuneo Arakawa - Otokata Higashi)Anemia uracil-úrico refratária com peroxidase negativa para neutrófilos e medula óssea com padrão megaloblástico.
A morte é causada por sepsis urinária com um quadro clínico de reação leucemóide.
Aran, síndrome de:Cloroma e leucose (síndrome mieloproliferativa). Associação de múltiplos tumores subperiosteais na órbita, de
coloração esverdeada e leucemia aguda.
Aran-Duchenne, atrofia muscular espinhal de: (François-Amilcar Aran - Guillaume Benjamin Amand
Duchenne de Boulogne)
Condição caracterizada por atrofia muscular progressiva, com subseqüente fraqueza e paralisia. As extremidades
superiores são mais comumente envolvidas. Ela é causada pela degeneração das células do corno anterior da
medula, mas eventualmente pode envolver os núcleos bulbares cerebrais.
Usualmente, inicia como fraqueza dos pequenos músculos das mãos, seguida por rigidez, movimentos grosseiros e
câimbras. Os músculos supridos pelos nervos da quinta cervical e o extensor longo dos dedos são os primeiros a ser
afetados. As características clínicas principais incluem fasciculação muscular, mão simiesca, postura arqueada,
cabeça caída para frente, pés caídos, marcha com arrastamento dos pés e dispnéia.
Trata-se de uma variante da esclerose lateral amiotrófica com um curso relativamente benigno e secundário a uma
variedade de condições, tais como infecções, avitaminoses ou toxinas.
As primeiras descrições começaram com Cruveilhier (síndrome, atrofia ou paralisia de Cruveilhier), mas Duchenne
depois Aran descreveram completamente a doença.
Arantius, ducto de: (Giulio Cesare Aranzi)O ducto venoso é a continuação da veia umbilical com a veia cava inferior fetal, o qual, posteriormente ao
nascimento, oblitera-se, formando o ligamento venoso. Por meio dele, o sangue rico em oxigênio, proveniente da
veia umbilical (e da placenta), chega ao átrio direito e a partir daí, pelo forame oval, ganha o átrio esquerdo e a
circulação sistêmica, favorecendo o fluxo para órgãos vitais como o cérebro fetal.
Arantius, nódulo de: (Giulio Cesare Aranzi)Um pequeno nódulo no centro de cada cúspide da válvula aórtica.
Arce, sinal de:Sinal radiológico observado por comparação das imagens radiográficas antes e depois de um pneumotórax nos
tumores de pulmão. Observa-se um duplo deslocamento horizontal e vertical até o hilo. Se as sombras tumorais não
se movem, o tumor é extrapulmonar.
Ardmore, síndrome de: (Base aérea de Ardmore)É uma doença infecciosa de etiologia desconhecida, provavelmente viral, que apresenta como elementos febre,
processo inflamatório das vias inflamatórias superiores, rinite, faringite, dores torácicas, dor no abdome superior,
mialgias generalizadas, hepato e esplenomegalia dolorosas, provas de função hepática normais, linfadenopatia
generalizada, disfagia e náusea. Apresenta duração de vários meses com tendência a recidivas. Inicialmente
descrita em 1957 após uma ocorrência em grande escala na base aérea de Ardmore em Oklahoma.
Argonz-Ahumada-Del Castillo, síndrome de: (Joaquín Argonz - Juan Carlos Ahumada - Enrique Benjamin
Del Castillo)
Ver síndrome de Ahumada-Del Castillo.

Argyll Robertson, pupila de: (Douglas Moray Cooper Lamb Argyll Robertson)
Erroneamente denominada de síndrome de Robertson, já que corresponde a um sinal e não um conjunto de sinais e
sintomas. Trata-se de uma pupila pequena (miótica) que responde lentamente ou não responde à luz, mas reage à
acomodação e convergência. É um sintoma freqüente de neurosífilis, especialmente tabes dorsalis e outras doenças
do sistema nervoso central, tais como encefalopatia de Wernicke e comprometimento do sistema nervoso no
diabetes mellitus. O sinal usualmente é bilateral. O fenômeno é ainda um enigma médico, uma prova definitiva da
etiologia dessa pupila ainda não foi encontrada. Descrita inicialmente em 1869.
Arias, síndrome de: (Sergio Arias Cazorla)Uma síndrome hereditária, marcada por comprometimento da audição, hipoplasia do rádio, oftalmoplegia externa,
trombocitopenia e leucocitose. Pode ocorrer bloqueio incompleto do ramo direito do coração e ânus imperfurado.
Há um precoce retardo de crescimento dos antebraços, clavículas e crânio e retardo permanente do crescimento da
coluna espinhal. Anormalidades dermatoglíficas estão presentes. Anomalias das mãos consistem de hipoplasia dos
polegares ou outras posições distais, polegares trifalangianos ocasionais, hipoplasia dos músculos tênares, alguma
presença de polidactilia e hipoplasia dos ossos do carpo e fusão dos ossos do carpo hipoplásicos. A herança é
autossômica dominante. O distúrbio foi observado primeiramente na Venezuela em uma família e em duas famílias
Européias, em 1980.
Arias-Stella, fenômeno ou efeito de: (Javier Arias-Stella)Alterações deciduais focais e incomuns no epitélio endometrial que consiste de zonas com proliferação intraluminar
e células com núcleos aumentados, hipercromatismo e aumento do volume citoplasmático com vacuolização. É
devida a uma estimulação aumentada de gonadotrofina e pode estar presente na gestação normal ou ectópica. Não
se trata de um sinal endometrial de adenocarcinoma, com o qual já foi previamente confundido.
Arkless-Graham, síndrome de: (Richard Arkless - C. Benjamin Graham)Síndrome de malformação congênita com encurtamento das pernas e mãos, deficiência mental em
aproximadamente 90% das crianças afetadas e fácies singular. Cabeça pequena, no diâmetro antero-posterior
(braquicefalia), nariz pequeno e achatado e protusão da mandíbula. O retardo do crescimento intra-uterino e a
pequena estatura são características constantes nessa síndrome. Podem ocorrer outras anormalidades da pele,
genitais, dentes e esqueleto.
A maioria dos casos relatados tem sido esporádicos, mas um modo dominante da transmissão é suspeitado em
alguns casos. Ambos os sexos são afetados e a desordem tende a ocorrer com pais em idades avançadas.
Trata-se de um distúrbio de armazenamento lisossômico, caracterizado pela acumulação de um ácido
mucopolissacárido (dermatan sulfato) sobre todos os tecidos periféricos. Também é conhecida como síndrome de
Maroteaux-Lamy ou acrodisostose. Descrita inicialmente em 1967.
Arlt, síndrome de: (Carl Ferdinand Ritter von Arlt)Uma doença contagiosa dos olhos, caracterizada por ceratoconjuntivite com espessamento da córnea, hipertrofia
papilar, folículos e cicatrizes, frequentemente levando a cegueira.
Inicialmente há fotofobia, lacrimejamento e blefaroespasmo. A doença ocorre principalmente na Ásia, África e áreas
do Mediterrâneo, onde é a causa principal de cegueira. O agente causal é a Clamydia trachomatis. Ambos os sexos
são afetados. Descrita inicialmente em 1848.
Armanni-Ebstein, nefropatia de: (Luciano Armanni - Wilhelm Ebstein)Vacuolização do glicogênio nas porções proximais dos túbulos contornados da unidade funcional renal, néfrons,
incluindo alça de Henle, em pacientes diabéticos, diretamente relacionado à hiperglicemia e glicosúria, mais
frequentemente visto antes da introdução da insulina.
Armendares, síndrome de: (Salvador Armendares Sagrera)Uma desordem que se manifesta com dwarfismo/baixa estatura, microcefalia, assimetria cranial, craniosinostose e
retinite pigmentosa. Acompanham vários dismorfismos os quais incluem face pequena, nariz curto, palato com arco
elevado, micrognatia, pavilhões auriculares malformados, quintos dedos pequenos e rugas simiescas. Presente
desde o nascimento com etiologia ainda não definida. A herança é ligada ao X ou mais provavelmente autossômica
recessiva. Descrita inicialmente em 1974.
Arnason, síndrome de: (Arni Arnason)
Depósitos de substância amilóide no cérebro. Herança autossômica dominante. Descrita em 1935.
Arndt-Gottron, síndrome de: (Georg Arndt - Heinrich Adolf Gottron)Doença do tecido fibromucoso que aparece a partir da terceira década. Caracteriza-se por um espessamento
difuso da pele com uma erupção papular liquenóide, em geral linear e de tamanho uniforme. A infiltração se encontra
na maior parte do corpo, distorcendo a face e limitando os movimentos dos dedos. Pode ser acompanhada por
debilidade muscular. Acredita-se que seja devida a uma paraproteinemia com acúmulo de material mucilaginoso na
derme. Descrita em 1954.
Arneri-Papo, operação esofágica de: (Vinko Arneri - Izidor Papo)Reconstrução do esôfago com a ajuda de uma alça de jejuno.
Arneth, síndrome de: (Josef Arneth)Uma condição caracterizada pela modificação dos sons percebidos durante o exame do tórax: há abafamento do
frêmito vocal acompanhado por murmúrio brônquico, eventualmente sopro tubário, e broncofonia, causadas por
completa hepatização do tecido pulmonar na área examinada. Descrita em 1928.
Arning, carcinóide de: (Eduard Arning - Sir James Paget)Múltiplos tumores benignos planos da pele que curam espontaneamente com o passar do tempo. Eles se
manifestam como lesões cinza esbranquiçadas brilhantes com áreas pigmentadas de castanho e púrpura,
usualmente vistos na face e no tronco. As lesões iniciais são pequenas manchas ásperas que crescem lentamente.
Embora os tumores curem espontaneamente após vários anos, as áreas ao redor de velhas lesões curadas
frequentemente tornam-se os locais para novos brotos do tumor. Arming comparou esse tumor ao carcinóide, mas
classificou-o como carcinoma basocelular, em 1922.
Arnold, canal de: (Friedrich Arnold)Um canal ósseo na porção petrosa do osso temporal através do qual passa o ramo auricular do nervo vago (nervo
petroso superficial). Descrito em 1828.
Arnold, gânglio de: (Friedrich Arnold)O gânglio ótico ou auricular.
Arnold, nervo de: (Friedrich Arnold)O ramo auricular do nervo vago. Existe ainda o grande nervo de Arnold que é o ramo posterior da segunda raiz
cervical ou também conhecido como nervo occipital maior.
Arnold, tosse do nervo de: (Friedrich Arnold)Reflexo de tosse causado por irritação (fricção com roupas, mudanças de temperatura, corpos estranhos ou
inflamação do conduto auditivo externo) do ramo auricular do nervo vago (X par). Ele é associado com ataque de dor
penetrante ou em queimação suboccipital irradiando-se para o pescoço e, ocasionalmente, para o ombro. Neuralgia
auricular pode estar presente, assim como dor à pressão na área posterior do ouvido.
Arnold, neuralgia de: (Friedrich Arnold)Dor mais ou menos violenta, com freqüência em forma de descarga elétrica no trajeto de grande nervo de Arnold
(ramo posterior da segunda raiz cervical), com ponto de partida na nuca e irradiando-se para o couro cabeludo,
chegando às vezes até a região frontal. A dor é quase sempre unilateral, podendo irradiar-se à região occipital do
lado contralateral. Existe hiperestesia do couro cabeludo (sensibilidade ao pente), e com freqüência ocorre
exacerbação do dor na posição deitada. Associa-se em geral com cervicalgias e cefaléias posteriores. Também é
conhecida como neuralgia occipital.
Arnold, neuralgia de: (Julius Arnold)Neuralgia do nervo recorrente laríngeo. Entidade bastante rara, já que a neuralgia típica afetando a laringe é devida
ao nervo laríngeo superior, mas que recebe fibras do recorrente laríngeo. Há uma discussão sobre os autores: Julius
ou Friedrich Arnold, com maiores tendências para o primeiro.
Arnold-Chiari, malformação de: (Julius Arnold - Hans Chiari)Uma condição na qual os pólos inferiores dos hemisférios cerebelares e o bulbo cerebral (medula oblonga) protraem
através do forâmen magno em direção ao canal espinhal, sem deslocar o tronco cerebral. Ela é o resultado de uma
deformidade de desenvolvimento do osso occipital e da porção superior da coluna cervical. É uma das causas de
hidrocefalia e é frequentemente acompanhada por espinha bífida e meningomielocele. Pode estar associada com
estenose do aqueduto de Sylvius e conseqüente hidrocéfalo obstrutivo e atrofia do tecido cerebral.
A etiologia ainda é desconhecida. Afeta ambos os sexos e usualmente inicia na terceira ou quarta décadas,
entretanto os sintomas podem aparecer na infância. Caracterizam-se por cefaléia, vômitos, distúrbios visuais,
diplopia, confusão mental, ausência de coordenação, paralisia das extremidades, ataxia cerebelar e desordens
sensoriais.
Chiari propôs a seguinte classificação das deformidades do cerebelo e tronco cerebral em crianças com herniação
para a medula espinhal:
Tipo I - Herniação completa ou parcial das amígdalas cerebelares abaixo do forâmen magno.
Tipo II - Herniação do vérmis e ponte em direção ao canal cervical. Pequeno, mas dilatado quarto ventrículo.
Tipo III - Hérnia cervical alta ou occipitocervical contendo tecido cerebelar.
Tipo IV - Hipoplasia do cerebelo algumas vezes associado com encéfalocele.
A primeira descrição das malformações do tronco cerebral e cerebelo em crianças com herniação para a medula
espinhal foi feita por John Cleland em 1883, dez anos antes de Hans Chiari e Julius Arnold, entretanto foram esses
últimos que descreveram a malformação com maior riqueza de detalhes.
Arruga, sutura de: (Hermenegildo Arruga)Cerclagem em cirurgia de correção de deslocamento de retina, descrita em 1936 pelo Conde Arruga (oftalmologista
Espanhol)
Arnold-Sticker-Bourne, síndrome de: Opacidades corneanas com miopatia e nefropatia. Os sintomas mais freqüentes são miopatia, nistagmo,
proteinúria, eletromiografia anormal, problemas na fala, hipertensão arterial, nefropatia glomerular, amiotrofia, surdez
neurosensorial e problemas de deglutição e fonação.
Arnoss, sinal de: Nos pacientes com meningite leve, o doente com os braços cruzados sobre o peito não consegue levantar do leito.
Arnoux, sinal de: Ritmo peculiar do batimento cardíaco fetal durante a gestação gemelar, semelhante ao trote dos cavalos.
Arroyo, sinal de:Reflexo pupilar à luz, fraco e lento (astenocoria), descrito inicialmente como sinal de hipoadrenalismo, entretanto
pode estar presente em doenças que afetem ou a via aferente ou eferente do reflexo ocular à luz.
Arroyo - Garcia - Cimadevilla, síndrome de:Anoftalmia associada a atresia do esôfago e criptoquidia.
Arslan, operação ultra-sônica de: (Michele Arslan)Destruição dos canais semi-circulares do ouvido interno através de ondas ultra-sônicas, mantendo a função da
cóclea, no tratamento da síndrome de Ménière.
Arthus, fenômeno de: (Nicolas Maurice Arthus)Uma severa reação inflamatória local com destruição localizada do tecido, resultante da combinação
antígeno-anticorpo (IgE); ocorre no local de repetidas injeções de um antígeno não irritante (tal como a albumina do
ovo) para o qual o animal já tem anticorpos precipitantes. É considerada uma reação de hipersensibilidade imediata.
Descrita em 1903.
Ascher, síndrome de: (Karl Wolfgang Ascher)Uma combinação de blefarocalase (excesso de pele na pálpebra superior chegando até a borda ciliar), lábio duplo e
bócio atóxico. Inicia na adolescência com edemas do tipo angioneuróticos recorrentes, mas transitórios em ambos
as pálpebras (frequentemente, apenas as superiores; ocasionalmente, apenas as inferiores). Com a progressão da
doença ocorre prolapso da gordura orbitária e das glândulas lacrimais e blefaroptose. A etiologia é desconhecida,
mas causa genética tem sido sugerida. Também conhecida por síndrome de Laffer-Ascher, mas foi Ascher quem
descreveu a síndrome na sua totalidade, em 1920.
Aschner-Dagnini, teste de: (Bernhard Aschner - Giuseppe Dagnini)Reflexo óculo-cardíaco. Lentificação do pulso por aplicação de pressão sobre os globos oculares ou sobre o seio
carotídeo. Algumas vezes usada para reduzir o batimento cardíaco em crises de taquicardia supraventricular. Pode
também ser usado como teste diagnóstico para angina pectoris. A redução da freqüência cardíaca e da força de
contração produzidas pelo reflexo pode aliviar a dor anginosa. Descrita por Dagnini em 1908 e complementada por
Ascher no mesmo ano.
Aschoff-Geipel, corpos de: (Karl Albert Ludwig Aschoff - Paul Rudolf Geipel)Granuloma no miocárdio específico para febre reumática. Trata-se de um granuloma de forma nodular em situação
perivascular, particularmente no tecido intersticial do coração. Encontrado em casos de miocardites seguindo
reumatismo das articulações e endocardite reumática.
Histologicamente consiste de células originárias do tecido conectivo com grandes núcleos acompanhadas por
linfócitos, eosinófilos e células plasmáticas. A descrição inicial foi feita por Aschoff em 1904.
Aselli, glândulas de:Os nódulos linfáticos próximos do pâncreas.
Asherman, síndrome de: (Joseph G. Asherman - Heinrich Fritsch) Uma síndrome de aderências intra-uterina ou sinéquias resultantes de trauma (pós-curetagem), de endometrite
aguda ou tuberculose do endométrio. Pode causar amenorréia, hipomenorréia, aborto recorrente e esterilidade
secundária. Diagnóstico definitivo através da histerossalpingografia e/ou histeroscopia.
Após várias descrições de casos isolados na segunda metade do século IX, iniciando por Fritsch, Asherman
publicou completamente a síndrome em 1948.
Asherson, síndrome de: (Nehemiah Asherson)Disfagia de severidade variável causada por incoordenação neuromuscular, provocando episódios de tosse
(moderada ou em paroxismos severos) imediatamente após a deglutição, precipitados pela passagem de líquidos
para a via aérea. Em casos severos poder haver a instalação de pneumonia aspirativa fatal. Descrita inicialmente em
1950.
Ashley, síndrome de:Uma síndrome de anomalias congênitas múltiplas, sendo as mais proeminentes a fácies incomum, anormalidades
musculoesqueléticas, deslocamento do quadril, escoliose, talo vertical e anormalidades nas mãos. Podem estar
associadas, baixa estatura, difícil cura de feridas e dentes superajuntados.
Ashley-Cooper, síndrome de:Na hérnia crural, aparecimento de dor na raiz do membro correspondente, com náuseas e angústia quando o
paciente estende o membro, as quais desaparecem ao flexionar o mesmo membro.
Ask-Upmark, síndrome de: (Erik Ask-Upmark)Uma síndrome de nefroesclerose juvenil maligna associada com hipoplasia segmentar, uni ou bilateral, redução dos
lóbulos renais e profundas irregularidades transversais das superfícies corticais dos rins. Descrita em 1929.
Askanazy-Roch, síndrome de: (Max Askanazy - Maurice Roch)Síndrome consistindo de caquexia edematosa de qualquer causa.
Asped, síndrome de: Termo obtido a partir das iniciais de Angel-Shaped Phalango-Epiphyseal Dysplasia. Uma displasia óssea
caracterizada por malformações do quadril e das epífises, fusão dos tarsos, mãos curtas, braquidactilia, ausência de
dentes e vértebras de tamanho normal. É uma desordem de transmissão autossômica dominante.
Asperger, síndrome de: (Hans Asperger - Leo Kanner)Uma séria desordem lembrando o autismo, usualmente manifesta na idade escolar com inadequada habilidade para
comunicar-se, linguagem anormal, ausência de empatia e imaginação e atividades repetitivas, continuando ao longo
de toda a vida. A etiologia não está definida, embora se pense que possa ser um subgrupo do autismo e não uma
entidade clínica independente. Asperger, pediatra Austríaco, primeiro descreveu os casos em 1944,
complementados por Kanner em 1943, ao descrever o autismo infantil.
Assmann, infiltrado ou centro de: (Herbert Assmann)Infiltrado circunscrito no lobo superior, infraclavicular, usualmente sem comprometimento ganglionar, na fase inicial
da tuberculose evolutiva a partir de uma reativação ou reinfecção tuberculosa. A radiografia do tórax mostra sombras
anulares causadas por inflamações perifocais e novos nódulos.
Pode curar espontaneamente ou com tuberculostáticos ou evoluir para consolidações e eventualmente cavernas.
Assmann, internista Alemão, nasceu em Danzing em 1882.
Atleta, pé de: (Atleta)Infecção fúngica do pé causada por vários dermatófitos, especialmente Trichophyton rubrum, Trichophyton
mentagrophytes, e Epidermophyton floccosum, os quais invadem as camadas externas (mortas) da pele.
Atkin-Flaitz, síndrome de: (Joan F. Atkin - Catherine Flaitz)Uma síndrome familiar ligada ao cromossoma X caracterizada por retardo mental, fácies grosseira com testa e arco
supra-orbitário proeminentes, hipertelorismo, ponta do nariz ampla e narinas antevertidas, micrognatia e lábios
espessos. A síndrome de Golabi-Ito-Hall é considerada uma entidade similar, mas independente. Primeiramente
descrita por Joan Atkin, internista, Catherine Flaitz, dentista pediátrica, ambas Americanas, em 1985.
AtlasA primeira vértebra cervical, a qual se articula com o osso occipital sustentando a cabeça. Referência ao Deus
grego Atlas que sustentava o mundo.
Auberger, grupo sanguíneo de: Esse grupo sanguíneo expressa o antígeno Lu(a), o qual é encontrado na maioria dos negros e em 82% dos
caucasianos, estando relacionado ao sistema de grupo sanguíneo Luterano. Trata-se de um sistema com os
antígenos Lu(a) e Lu(b), cujos anticorpos são da classe IgG.
Auberger, uma mulher Francesa de 59 anos com varizes esofágicas, era o nome da paciente no qual o grupo
sanguíneo foi primeiramente reconhecido, em 1961.
Aubert, fenômeno de: (Hermann Rudolph Aubert)Fenômeno de ilusão de óptica para a posição real de uma linha vertical subjetiva. Na posição ereta do corpo a linha
vertical subjetiva parece mover-se na direção oposta quando a cabeça gira para um lado. Esse fenômeno é mais
claramente visto no escuro. Aubert, fisiologista Alemão nascido em Frankfurt, descreveu o fenômeno, dentre outros,
em 1876.
Aubert - Förster, fenômeno de: (Hermann Rudolph Aubert - Carl Friedrich Richard Förster)O poder de resolução do olho tem sido assumido como igual para curtas e longas distâncias. O fenômeno de Aubert
- Förster consiste no oposto, que há uma diferença na acuidade visual para pequenas e longas distâncias e que
essas diferenças são características absolutamente individuais. Aubert, fisiologista, e Förster, oftalmologista, ambos
Alemães, descreveram o fenômeno em 1857.
Auenbrugger, sinal de: (Josef Leopold Auenbrugger)A saliência da região epigástrica em casos de derrame pericárdico extenso.
Auer, corpos de: (John Auer)Inclusões intracelulares em forma de bastão ou cristais. Trata-se de organelas celulares no citoplasma de
mieloblastos, mielócitos e monoblastos. Os bastonetes de Auer quanto ao seu conteúdo enzimático e estrutura
lembram os lisossomos. Eles são patognomônicos de leucemia e ocorrem principalmente nas células leucêmicas de
leucemia aguda. John Auer, fisiologista e farmacologista Americano, descreveu essa inclusão em 1906.
Auerbach, gânglios de: (Leopold Auerbach)Coleção de gânglios que fazem sinapse entre os neurônios pré-sinápticos e pós-ganglionares do nervo
parassimpático localizados junto ao plexo mioentérico. Descritas pelo anatomista Alemão, Leopold Auerbach,
nascido em Breslau em 1828.
Auerbach, lei de: (Siegmund Auerbach - Edward Flatau)Uma regra básica, também conhecida como regra de Auerbach-Flatau, com respeito às formas de manifestação
das paralisias de qualquer etiologia. Ela diz que aqueles músculos ou grupos musculares que tem menor força
(julgado pelo peso do músculo) e tem trabalhado sob condições físicas desfavoráveis, tanto fisiológicas quanto
anatômicas, são os primeiros a tornarem-se completamente paralisados e também recuperam sua capacidade
funcional mais lentamente e em menor grau. Ao contrário, aqueles músculos que tem trabalhado em condições mais
favoráveis são poupados em maior grau.
Auerbach, neurocirurgião Alemão, nascido em Frankfurt am Main em 1860, publicou suas observações entre 1911 e
1914.
Auerbach, plexo de: (Leopold Auerbach)O plexo mioentérico. Um plexo de fibras nervosas pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo entérico situado
entre as camadas musculares, longitudinal (camada muscular externa) e circular (interna), do trato digestivo desde o
esôfago a ampola retal. Controla basicamente os movimentos do tubo digestivo, participando predominantemente de
fibras pós-ganglionares do sistema parassimpático, mas recebe também fibras pós-ganglionares do simpático.
As primeiras descrições começaram pelo anatomista Alemão, Leopold Auerbach, em 1863.
Aufrecht, sinal de: (Emanuel Aufrecht)Redução do murmúrio vesicular percebido na fossa jugular, sinalizando estenose traqueal. Aufrecht, médico Alemão,
nascido em Loslau em 1844.
Auspitz, Sinal de: (Heinrich Auspitz)Na psoríase, após remoção de uma placa eritêmato-escamosa visualizam-se vários minúsculos pontos
hemorrágicos, os quais também são conhecidos como sinal do orvalho sangrante.
Austin, síndrome de: (James H. Austin)Síndrome que combina as características da leucodistrofia metacromática com mucopolissacaridoses, devida a
uma deficiência múltipla das sulfatases. Os sintomas mais importantes são ictiose, disostoses múltiplas, retardo
psicomotor e aspectos faciais característicos. Descrita inicialmente em 1973 por Austin, neurologista Americano.
Austin-Flint, Sopro de: (Austin Flint)É um sopro diastólico suave, geralmente mesodiastólico, mas podendo ocorrer na pré-sístole, de baixa intensidade,
audível no ápice e ressonante. Ocorre na insuficiência aórtica e se deve ao deslocamento da valva anterior da mitral
por parte do refluxo de sangue através da aorta. Quanto mais cedo ocorre na diástole e quanto mais dure, mais grave
é a valvulopatia.
Também conhecido apenas por sopro de Flint, foi descrito em 1862 por esse médico Norte-Americano.
Austrália, antígeno: Um antígeno presente no soro de pacientes com hepatite viral por vírus B, mas raramente presente em pacientes
com outras hepatites infecciosas. Esse antígeno é também encontrado em populações normais nos trópicos e no
sudoeste da Ásia. Ele foi isolado pelo médico Americano e ganhador do prêmio Nobel Baruch S. Blumberg (1925)
no soro de um aborígine Australiano.
Avellis, síndrome de: (Georg Avellis - Giovanni Longhi)Uma desordem neurológica caracterizada por uma forma peculiar de paralisia alternante. Há paralisia do palato
mole e das cordas vocais de um lado e perda da sensação do dor e temperatura no outro lado, incluindo as
extremidades, tronco e pescoço. É o resultado da oclusão da artéria vertebral ou de seus ramos que irrigam o núcleo
Ambíguo e o trato piramidal. A síndrome de Horner pode estar associada. Na descrição original, feita por Avellis,
otolaringologista Alemão, em 1891 os nervos, vago e glossofaríngeo, estavam envolvidos; envolvimento concomitante
dos pares cranianos vizinhos foi observado posteriormente. Publicação por Avellis em 1891.
Axenfeld, síndrome de: (Karl Theodor Paul Polykarpus Axenfeld)Uma síndrome caracterizada por embriotoxon corneano posterior (opacidade congênita da margem da córnea),
linha de Schwalbe proeminente e adesão da íris à linha de Schwalbe. Outras características podem ser o
hipertelorismo (largo espaçamento entre os olhos), hipoplasia dos ossos malares, ausência congênita de alguns
dentes e retardo mental.
Quando associado com anormalidades dentárias, essa condição é denominada de síndrome de Rieger. Essas duas
síndromes, Axenfeld e Rieger, são suspeitas de serem expressões de um mesmo gene. A etiologia segue
desconhecida. A herança é autossômica dominante.
Axenfeld, oftalmologista Alemão, publicou suas observações sobre essa síndrome em 1920.
Axenfeld, degeneração calcária de: (Karl Theodor Paul Polykarpus Axenfeld)Uma rara condição caracterizada pela maciça deposição de fosfato de cálcio na superfície e camada central do
parênquima corneano. Descrita em 1917.
Axenfeld - Schürenberg, síndrome de: (Karl Theodor Paul Polykarpus Axenfeld - E. Schürenberg)Paralisia cíclica congênita oculomotora. Os músculos inervados pelo terceiro par craniano manifestam fases
alternadas de paralisias e espasmos associadas à blefaroptose e midríase. Estas características constituem uma
parte da síndrome de retração de Stilling-Türk-Duane. Apesar de já existirem descrições prévias, Axenfeld,
oftalmologista, e Schürenberg, médico, ambos Alemães, descreveram completamente a síndrome em 1901.
Ayala, quociente ou índice de: (Giuseppe Ayla)
Medida do efeito da remoção de um volume de líquor sobre a pressão liquórica. Esse valor se correlaciona com o
tamanho do reservatório de líquor.
O quociente é definido por: (volume de líquor removido em mL) x (pressão após remoção do líquor) / (pressão antes
da remoção do líquor). O valor normal varia de 5,5 a 6,5. Valores aumentados indicam hidrocefalia, meningite serosa
e outras causas de grandes reservatórios de líquor, enquanto que valores menores indicam bloqueio subaracnóideo.
Ayala, neurologista e pesquisador, nasceu na Itália em 1878.
Ayerza, síndrome ou doença de: (Abel Ayerza)Condição caracterizada predominantemente por dispnéia, cianose crônica e policitemia. A policitemia usualmente
resulta da insuficiência pulmonar crônica e esclerose do leito vascular pulmonar. O envolvimento cardíaco pode estar
presente, geralmente sob a forma de dilatação e hipertrofia do ventrículo direito. Hiperplasia e estenose arterial
pulmonar, asma, bronquite crônica, enfisema e fibrose pulmonar são fatores contribuintes.
Pode estar associada com esplenomegalia, dedos em baqueta, congestão do fígado e insuficiência cardíaca.
Abel Ayerza, cardiologista Argentino, descreveu essa síndrome em 1901, mas foi Luis Ayerza que trouxe
importantes aspectos sobre a nomenclatura da doença.
Ayerza-Arrilaga, síndrome de: (Francisco C. Arrilaga - Abel Ayerza)Uma variedade da síndrome de Ayerza, quando relacionada à sífilis broncopulmonar crônica e a esclerose sifilítica
obliterante da artéria pulmonar. Depois da descrição básica de Ayerza, seu pupilo Arrilaga correlacionou os achados
clínicos com esclerose da artéria pulmonar na sífilis terciária.

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