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domingo, 11 de setembro de 2011

Hiperemese Canabinoide


Os clínicos de Omaha, no Nebraska, relataram na edição online do World Journal of Gastroenterology que o abuso crônico da Cannabis pode ocasionar uma síndrome clinica distinta das demais, caracterizada por vômitos graves e recorrentes.
Dr. Siva P. Sontineni e seus colaboradores do Creighton University Medical Centerdestacaram que esta manifestação clínica, batizada de Síndrome de Hiperêmese Canabinóide, “é paradoxal ao efeito terapêutico antiemético previamente identificado dos canabinóides”.
Eles descreveram em seu artigo o caso de um homem jovem de 22 anos, usuário de maconha por seis anos. Dr. Sontineni disse à Reuters Health que “ele sofria de vários episódios de vômitos, com visitas frequentes ao Serviço de Emergência que requereram investigações diagnósticas e internações dispendiosas”. E complementou: “cada episódio podia ocorrer de maneira periódica e existia um fenômeno bastante peculiar, o alívio transitório do seu sintoma com banhos de ducha quente”.
Os vômitos e a dor abdominal cessavam quando o paciente interrompia o uso daCannabis.
Os mecanismos precisos que levam o paciente a apresentar a Síndrome de Hiperêmese Canabinóide e as perguntas a respeito de por que esta condição só aparece após vários anos do uso desta substância e por que as duchas de água quente podem aliviar os sintomas estão sendo estudadas.
Dr. Sontineni e seus colaboradores aconselharam que “os clínicos precisam estar atentos aos sintomas desta condição pouco reconhecida, uma vez que a prevalência do abuso crônico da Cannabis em todo o mundo é elevada e existem poucos trabalhos a respeito deste tema na literatura”.
Dr. Sontineni disse ainda que se Síndrome de Hiperêmese Canabinóide for diagnosticada, “o paciente deve ser informado adequadamente de que se trata de uma síndrome curável com a abstinência da droga. Isto pode economizar tempo e recursos dos pacientes e dos sistemas de saúde”.
Desde a publicação deste relato de caso, Dr. Sontineni vem recebendo inúmeros e-mails e telefonemas de indivíduos que relatam terem apresentado sintomas semelhantes enquanto faziam uso da maconha. O clínico disse ainda que “isto demonstra claramente que a Síndrome de Hiperêmese Canabinóide é muito mais prevalente do que admite a comunidade científica atualmente”.

Evento em Volta Redonda promove conquista da superação através do esporte




A Ilha São João, em Volta Redonda, recebe a partir da próxima sexta-feira o maior evento esportivo para pessoas com deficiência do Brasil: é a Olimpede, que este ano contará com cerca de 3.200 atletas durante os quatro dias de competição. Mais de 300 entidades de quatro estados diferentes (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo) vão disputar 12 modalidades até o dia 19, com os participantes divididos em quatro categorias: deficiente intelectual, físico, auditivo e visual.


A Olimpede é organizada pela Prefeitura de volta Redonda em parceria com o governo do estado e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), e conta com a chancela do Ministério dos Esportes e do Comitê Paraolímpico Brasileiro. A primeira competição do evento será a natação, às 8 horas do dia 16, mas um dos eventos mais aguardados será a apresentação da equipe brasileira de Rugby de Cadeirante, no dia 18, às 15 horas. A modalidade vai fazer parte da programação olímpica a partir dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.


Entre as modalidades que serão disputadas pelos atletas estão o atletismo, futsal, voleibol especial, provas de habilidade, dominó, dama, futebol society, natação, cabo de guerra, tênis de mesa, xadrez e arremesso à cesta. Um dos objetivos da competição é justamente possibilitar e incentivar a descoberta de novos talentos paraolímpicos e iniciar a formação de equipes de alto rendimento.


Os resultados da Olimpede, porém, ultrapassam o plano esportivo: a oportunidade de propiciar às pessoas com deficiência uma atividade esportiva ajuda na inserção social e na melhora da autoestima.


É o caso da jovem Cheyenne Rodrigues, de 20 anos, moradora do bairro Siderlândia. Ela começou a sofrer fortes dores de cabeça aos nove anos de idade, quando então foi diagnosticado que ela sofria de neoplasia maligna do cérebro, doença que apresenta sequelas motoras e neurocognitivas. Ela chegou a ficar 45 dias em coma na ocasião, sendo depois transferida para o Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro. Outra cirurgia foi realizada em 2002, além de quimioterapia e radioterapia.


O pai de Cheyenne, o aposentado Gilmar Antônio Rodirgues, de 48 anos, disse que a jovem está praticamente livre do tumor, e que ela leva uma vida normal dentro do possível. Segundo ele, sua filha tem boa capacidade de memorização de nomes, conversas - sendo complicada, no caso dela, a capacidade motora e de aprendizado.


- O início foi muito difícil. Tivemos que ficar na capital para o tratamento, mas posso agradecer à ajuda das pessoas e da comunidade nessa época, que nos deram apoio - disse Gilmar destacando ainda o auxílio do padre Juarez Sampaio e dos moradores do bairro, que auxiliaram na aquisição da casa onde a família vive atualmente.
‘Vitória da superação'
Segundo Gilmar, Cheyenne faz fisioterapia e atividades ocupacionais na Apadefi (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes de Volta Redonda). A atividade esportiva surgiu na vida dela há pouco mais de cinco anos, com a melhora na movimentação motora. Foi então que ela começou a participar da Olimpede, onde disputa as categorias de arremesso à cesta e cabo de guerra.


- É um incentivo para ela, ainda mais quando ganha. É a vitória da superação - afirmou, emocionado. - É maravilhoso ver aquela alegria contagiante de todos, é muito emocionante. É uma coisa que faltava para eles (pessoas com deficiência), que passei a acompanhar e compartilhar. Eu só posso agradecer à prefeitura pela iniciativa.


O aposentado disse que a filha não fica parada: ela varre a casa, faz os deveres de casa e brinca com a irmã mais nova, Jéssica, que vai assistir à participação de Cheyenne pela primeira vez na competição.


- Eu fico muito feliz por ela conquistar as medalhas - declarou.


A atleta garante que sempre procura manter-se em atividade, inclusive participando das colônias de férias. Para ela, a Olimpede é uma ocasião especial:


- Eu fico esperando pelo dia da competição, é a chance de conhecer outros amigos - declarou a jovem.

Leia mais:http://diariodovale.uol.com.br/noticias/6,45958,Evento%20promove%20conquista%20da%20superacao%20atraves%20do%20esporte.html#ixzz1Xb8igYSd




Motivação em Resende
A professora de educação física da Pestalozzi de Resende, Zilmara Chaves de Campos, disse que os 48 alunos da instituição que vão participar da Olimpede este ano estão motivados e ansiosos para o início da competição. Segundo ela, está sendo feita até uma contagem regressiva entre eles.


Para Zilmara, é importante também destacar os benefícios que os jogos trazem no que diz respeito à inclusão social e socialização.


- O contato com outras instituições nos permite trocar conhecimentos, e os alunos podem conhecer novas pessoas - explicou.


Mostrar à sociedade a capacidade dos estudantes da Pestalozzi é outro ponto positivo observado pela professora.


- A Olimpede não é recreação, é competição. As pessoas acham que eles não são capazes, mas os alunos surpreendem até mesmo aos profissionais. A gente procura direcioná-los para a modalidade em que têm maior aptidão. O nível do futsal e do atletismo é muito próximo do que se vê entre quem não é profissional - afirmou ela.


Zilmara disse ainda que a instituição procura trabalhar o conteúdo pedagógico nas aulas de educação física. Ela procura conversar com as demais professoras para saber o que elas estão ensinando na sala de aula para, assim, adaptar esse material às atividades físicas.


- Todos os alunos fazem as aulas de educação física, inclusive os cadeirantes, mesmo que eles não participem das competições - concluiu.
Craques do passado serão ‘coadjuvantes'
Pelo menos três ex-jogadores com passagem pela Seleção Brasileira estarão presentes na Olimpede, na próxima sexta-feira, para disputarem uma partida com um time de deficientes visuais. O campeão da Copa de 94, Ricardo Rocha, o também tetracampeão - e atual deputado federal - Romário (PSB) e seu colega no Congresso, Deley de Oliveira (PSC), jogarão com os olhos vendados. Um dos objetivos é que o trio vivencie as dificuldades dos atletas especiais, além de ajudar na promoção dos atletas paraolímpicos.