A deficiência isolada de 3-metilcrotonil-CoA carboxilase (MCC) é uma doença autossómica recessiva do catabolismo da leucina. A MCC é uma enzima mitocondrial heteromérica composta por subunidades alfa contendo biotina e subunidades beta menores. A introdução recente dos programas de rastreio neonatal por espectrometria de massa em tandem revelou uma frequência inesperadamente alta desta doença, que parece ser a acidúria orgânica mais comum em algumas populações. O fenótipo é variável, abrangendo desde formas com início neonatal e envolvimento neurológico grave até a adultos assintomáticos. A maioria dos doentes sintomáticos apresenta crescimento e desenvolvimento normais até apresentarem uma crise metabólica aguda entre os 2 e os 33 meses de idade. Estes episódios surgem em geral após uma pequena infecção ou a introdução de uma dieta rica em proteínas. Os sintomas incluem vómitos, opistótono, movimentos involuntários, convulsões, coma e apneia. As principais anomalias metabólicas são a presença de 3-metilcrotonilglicina e ácido 3-hidroxisovalérico na urina e 3-hidroxisovalerilcarnitina no sangue. Os doentes respondem geralmente à hidratação intravenosa e restrição proteica na alimentação, sendo assintomáticos entre os episódios agudos. Algumas crianças foram submetidas a uma dieta pobre em leucina e suplementada com L-carnitina por via oral, mas a eficácia desta abordagem permanece por comprovar. Estudos recentes demonstraram que a mutação missense MCCA-R385S na presença do alelo selvagem tem um efeito dominante negativo que pode levar a alterações bioquímicas e clínicas nos indivíduos heterozigóticos. Adicionalmente, nestes indivíduos a terapia com biotina parece contrariar o efeito dominante negativo in vivo. *Autor: Dr. M. Baumgartner (Fevereiro 2005)*.
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