PARCERIAS

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SINDROME DE LI FRAUMENI

A síndrome de Li-Fraumeni apresenta um padrão de herança autossômico
dominante negativo, que se caracteriza pela ocorrência de múltiplos cânceres primários,
resultantes de mutações germinativas. 70% das mutações são no gene supressor de
tumor TP53 que promove a parada do ciclo celular ou a apoptose, quando há dano do
DNA. Apesar dos avanços dos métodos moleculares para se detectar a mutação, ainda
não se desenvolveu um método efetivo de tratamento para as famílias com síndrome de
Li Fraumeni
A síndrome de Li-Fraumeni (LFS) caracteriza-se por mutações na linhagem
germinativa, principalmente no gene TP53 (1). Lee e Berstein sugerem que esse gene
funcione como um guardião do genoma, evitando a proliferação de uma célula que
tenha um dano genético (2). Essas alterações gênicas proporcionam uma alta taxa de
tumores malignos na infância e em adultos jovens. Embora a mutação hereditária no
TP53 seja muito rara nos diferentes cânceres humanos, ela tem sido freqüentemente
detectada na LFS (3). As mutações do gene supressor de tumor TP53 em células
germinativas tem sido demonstradas em 70% das famílias com diagnóstico clínico de
LFS (4) .
A mutação do TP53, que é a mais freqüente alteração genética detectada nos
cânceres humanos, inativa as funções regulatórias de crescimento celular, causa a
perda da atividade supressora de tumor e, em alguns casos, confere uma função
promotora do tumor, com a ativação de genes envolvidos na proliferação celular, no
aumento da sobrevida da célula e na angiogênese(5).
Clinicamente essa síndrome afeta crianças e adultos jovens caracterizando-se por
um grande espectro de tumores, incluindo tumores de partes moles, sarcomas ósseos,
tumores de cérebro, da adrenal e de mama pré-menopausa(6). O diagnóstico clínico se
faz através de critérios que relacionam o número de neoplasias, a idade em que surgem,
os tipos e a distribuição dessas dentro da família (7).
5
A LFS é considerada uma desordem autossômica dominante negativa, padrão de
herança característico de moléculas como a proteína p53. Esse padrão ilustra a
complexidade genética que está por trás das mutações e justifica o crescimento das
investigações no campo da patologia molecular.
Desde o advento de testes diagnósticos para detectar alterações em nível
molecular, o número de casos diagnosticados tem aumentado drasticamente. Com o
desenvolvimento do PCR e do Single-Strand Conformation Polymorfism (SSCP) podese
detectar a presença de alterações no DNA, que permite levantar expectativas sobre o
surgimento de neoplasias na população.
A LFS está relacionada a uma alta taxa de morbimortalidade em conseqüência das
diferentes localizações das neoplasias e das repercussões sistêmicas por elas provocada.
Não há um tratamento definitivo para familiares portadores dessa síndrome; entretanto,
a detecção precoce da mutação poderá fornecer informações e orientar para futuras
intervenções.
Muitos estudos de acompanhamento de famílias portadoras da LFS foram
realizados identificando os tipos de cânceres e a faixa etária das pessoas afetadas. O
osteossarcoma está entre os tumores mais freqüentes quando associado a mutações do
TP53. Os sarcomas de tecido mole e o câncer de mama são predominantes na LFS e
aproximadamente 10% dos pacientes desenvolvem tumores cerebrais (12).
Portanto, a LFS foi inicialmente organizada através de observações clínicas
seguidas de estudos epidemiológicos. A definição clínica desta síndrome tem sido
ampliada para abranger tumores de células germinativas e tumor de Wilms (8). O
espectro de cânceres, desta síndrome tem sido determinado incluindo carcinoma de
mama, sarcomas de partes moles, tumores de cérebro, osteossarcomas, leucemias e
carcinomas adrenais. Existem outros tumores freqüentemente observados nessa
síndrome como melanoma, neoplasias gonadais , carcinomas de pulmão, pâncreas,
próstata, entre outros (3).
Após inúmeras observações de famílias com um grande número de neoplasias e
de acometimento de crianças e de adultos relativamente jovens, foram elaborados
critérios para o diagnóstico da LFS.

ANTICORPOS ANTI RO

Anticorpos Antinucleares Os anticorpos antinucleares (AAN) são encontrados comumente em uma variedade de doenças reumáticas auto-imunes. São úteis na investigação dessas doenças, auxiliando no diagnóstico de patologias como lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose sistêmica progressiva (ESP), doença mista do tecido conjuntivo (DMTC), síndrome de Sjögren (SS), polimiosite e dermatomiosite. Eles podem estar presentes em um pequeno percentual da população aparentemente sadia; essa freqüência é maior em mulheres e aumenta com a idade. Segundo a literatura, a positividade entre 20 a 60 anos varia entre percentuais mais altos (13,3%) para títulos baixos e mais baixos (3,3%) para títulos mais elevados. A pesquisa dos anticorpos antinucleares pode ser realizada por diferentes técnicas; a imunofluorescência indireta é a mais utilizada, por sua sensibilidade, reprodutibilidade e facilidade de execução. A sensibilidade aumenta significativamente quando se utiliza como substrato lâminas com células Hep 2 (células de carcinoma de laringe humana), por causa da maior expressão de antígenos na superfície dessas células comparados aos expressos nas células de fígado ou de rins de camundongos, que se utilizavam anteriormente. Em geral, é possível detectar melhor a presença de AAN por associação de três anti-soros isotipos específicos (anti-IgG, anti-IgA e anti-IgM). A pesquisa realizada por essa técnica serve de triagem inicial para a presença de AAN. É normalmente denominada pesquisa de fator antinuclear (FAN) ou ANA (antinuclear antibody). A realização de outras metodologias, tais como as imunoenzimáticas, permite uma avaliação isolada dos diferentes auto-anticorpos, sugeridos pelos padrões de fluorescência encontrados no FAN. A identificação desses AAN permite um diagnóstico mais preciso, e eles podem ser utilizados, em muitos casos, como marcador para uma das diferentes doenças reumáticas auto-imunes. Muitas dessas patologias apresentam um perfil distinto de auto-anticorpos que auxilia o diagnóstico.

Fator Antinuclear - FAN Nas pesquisas realizadas por imunofluorescência indireta, os resultados são expressos em títulos, segundo as diluições empregadas. É possível trabalhar utilizando-se como limite títulos de 1/40, que permitem maior sensibilidade, ou de 1/80, que permitem maior especificidade, ou seja, um menor número de falso-positivos. Na prática clínica, são considerados significativos títulos superiores a 1/160. Os resultados com títulos positivos são acompanhados pela descrição do padrão de fluorescência encontrado, que serve como orientação da presença de um antígeno específico e, em alguns casos, como padrão diagnóstico. Em determinadas situações, em especial no LES em atividade, pode ocorrer a observação de mais de um padrão de fluorescência.

SINDROME DE BRUGADA

A Síndrome de Brugada é uma arritmia hereditária (autossómica dominante) que predispõe a arritmias ventriculares que podem ser fatais.

É provocada por uma mutação no gene SCN5A, que leva a uma alteração estrutural dos canais de sódio do coração.

Tem especial incidência em indivíduos adultos e do sexo masculino. Também ocorre com mais frequência em indivíduos de origem asiática.

Pode provocar morte súbita (através de taquicardia ventricular polimórfica), principalmente em indivíduos em repouso ou durante o sono.

A síndrome de Brugada é uma condição rara, podendo

em função de seu caráter mutante de apresentação ser

de difícil diagnóstico. Relatamos um caso, discutindo os

aspectos diagnósticos e a evolução clínica de um paciente

com os achados característicos da síndrome, definidos

especialmente pela presença de supradesnivelamento de

J-ST em derivações direitas em registros eletrocardiográficos

seriados, amplas flutuações de pontos J e segmentos

ST durante as 24h nos registros do Holter e morte súbita

noturna. Destacamos a importância dos achados do

Holter para complementação diagnóstica, inclusive com

a possibilidade de através desse método estabelecer a correlação

entre as atividades de vigília e o sono e a variabilidade

do grau de comprometimento da repolarização

ventricular.

O estudo das chamadas doenças elétricas primárias

do miocárdio vem, nesta última década, despertando um

progressivo e elevado interesse. O esforço conjunto de arritmólogos,

eletrofisiologistas e geneticistas permitiu esclarecer

inúmeros aspectos fisiopatológicos e clínicos destas

doenças, influenciando favoravelmente em seus prognósticos.

Dentre as que têm despertado mais interesse, incluemse

a síndrome congênita do QT longo e, mais recentemente,

a síndrome de Brugada 1,2. Ambas têm como característica

comum, quando evoluem em sua forma natural, a presença

de um elevado potencial para o desenvolvimento de arritmias

ventriculares graves com produção de quadros sincopais

e/ou morte súbita. Assim, em função desse prognóstico,

bem como de um diagnóstico muitas vezes duvidoso,

pareceu-nos válido publicar os dados referentes à evolução

de um paciente com a síndrome de Brugada.

link para site especifico da Sindrome de Ehlers Danlos

link para site especifico da Sindrome de Ehlers Danlos http://sindromedeehlersdanlos.com