A vasculopatia livedóide (VL) é uma doença cutâneovascular
trombótica rara, descrita inicialmente, em 1929,
por Milian, que a nomeou como atrofia branca de Milian (1).
Na época, o autor associou-a erroneamente à sífilis, fato
hoje entendido pelo VDRL falso-positivo em pacientes
com VL associada à presença de anticorpos antifosfolípides.
Em 1967, Bard e Winkelman(2) foram reconhecidos
como os descritores da VL. Dos seus pacientes, seis tinham
doença difusa do tecido conjuntivo associada.
Vários outros nomes foram aplicados à VL como: vasculite
com hialinização segmentar(2), atrofia branca(3),
livedo reticular com ulceração sazonal e mais recentemente
PURPLE(4) (painful purpuric ulcers with reticular
pattern of the lower extremites).
EPIDEMIOLOGIA
A prevalência estimada da VL é de 1:100.000 por
ano(5). Mulheres são mais afetadas que homens na proporção
de 4:1(6-11). A doença pode ocorrer em qualquer
idade, porém o pico de incidência varia dos 30 aos 60
anos, apesar de já ter sido descrita em crianças(6,7). Até o
momento não há dados sugerindo diferenças geográficas
ou entre raças.
ACHADOS CLÍNICOS
A VL se caracteriza pela presença de lesões purpúricas
dolorosas localizadas em pernas, tornozelos e pés,
as quais, freqüentemente, ulceram. As úlceras têm em
média 0,5 a 1,5 cm de diâmetro, apresentando curso crônico
e recorrente com exacerbações no verão e inverno.
Podem deixar cicatrizes atróficas, brancas e irregulares,
com telangiectasias e hiperpigmentação livedóide de
hemossiderina perilesional (Figura1).
A VL tem sido descrita como uma entidade isolada(9)
(idiopática) ou associada a outras entidades bastante
distintas, porém relacionadas ao aumento do risco de
trombose, seja por gerarem disfunção endotelial, alteração
do fluxo sangüíneo ou proporcionarem hipercoagulabilidade
(Tabela 1).
Entre as patologias reumatológicas associadas destaca-
se o lúpus eritematoso sistêmico(12), além da síndrome
do anticorpo antifosfolípide(2,10,11), esclerodermia(12)
e artrite reumatóide(12).
Na síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF) a presença
do livedo reticular(13) é bem estabelecida, porém a
sua relação com a VL não está bem clara. Embora as
ulcerações e cicatrizes sejam reconhecidas como manifestações
cutâneas da SAF, podemos encontrar um subgrupo
de pacientes com VL e positividade para o anticorpo
antifosfolípide(14).
Existe a tendência de se associar a VL a síndromes
de hipercoagulabilidade congênitas e adquiridas.
Apesar de sua patogênese ainda não estar totalmente
esclarecida, a teoria vasoclusiva tem sido a mais aceita
atualmente. Essa teoria apóia-se na análise histopatológica
das lesões da VL, nos estudos que demonstram
presença de marcadores pró-coagulantes, na boa resposta
a tratamentos direcionados a doenças trombóticas
e na associação com trombofilias.
Meu caso é bem leve com relação aos apresentados, mas não tenho nenhuma das doenças que podem causar e ja fiz 2 biopsias e não parece nenhum traço para concluir o diognostico, porem as lesões continuam a aparecer. Onde fica o grupo de estudos? qual email poderia usar para comunicação?
ResponderExcluirAdriana...
ResponderExcluirMinha irmã também esta com livedo reticular...
e como você é leve em relação aos apresentados.
Ela fez biopsias e nunca acusou... mas o medicou concluiu que é livedo reticular...
Acredito que a biopsia nao da resultado pois o problema não é na pele e sim as microveias que se dilatam deixando de recolher o sangue q elas soltam no tecido e a oxigenação que ocorre também...
Assim como vc, procuro grupos que estudem essa doença... pois ainda não há tratamento e nem cura :(
Pessoal, descobri que tenho tambem, vamos organizar um grupo para tentar estudar ou procurar o tratamento...
ResponderExcluirBom, eu sou portadora de VL há uns 4 anos aproximadamente.. Faço tratamento com um reumatologista há uns 3 anos..Hoje há uma comunidade no orkut, "vasculopatia livedoide" onde a gente troca informações à respeito dessa doença rara..
ResponderExcluiroi, meu nome é Priscila...faço tratamento para vasculopatia livedóide a mais de 2 anos...confesso que não tive bons resultados...uso corticoide,pentoxifilina,ja usei AS,mas infelizmente ainda não estou curada,tive varis recaidas e na verdade, os medicos ficam meio sem saber o que fazer,porque sao tratamentos experimentais...quero muito ficar boa logo,se tiverem alguma novidade, quero muito que entrem em contato comigo...já tive em Sao Paulo,Belo Horizonte,Governador Valadares,mas todos os medicos dizem as mesmas coisas...aguardo contatos...MEU E-MAIL É: priscilacris-@hotmail.com
ResponderExcluir...meu nome Nilton Camargo ,resido na cidade do Rio de Janeiro , tbm a mim foi diagnosticado esta patologia venho a quase 7 anos fazendo varios tipos de tratamentos com medicamentos orais e topicos e tbm Camera Hiperbarica ,( Beneficiencia Portuguesa , medico responsavel Dr Marcio Korn ) este ultimo o unico que traz um bom resultado positivo mas ainda nao conseguimos uma cura definitiva, a Hiperbarica realmente mantem uma qualidade de vida um pouco melhor mas ainda assim as ulceras persistem sempre no meu caso , no tornozelo direito ; Fiz tbm na Clinica Sorocaba Rio de Janeiro com o DR Arno Von Ristow um tratamento com Prostavazin ( vasodilatador muito potente ) apos 15 dias de internaçao as ulceras se fecharam mas depois de alguns dias tive uma reaçao alergica muito intesa e se reabriram em pior situaçao , entao voltei para o antigo tratamento com Oxigenoterapia Hiperbarica , e varios medicamentos topicos como "Confeel " "Prontosan " corticoides etc...
ResponderExcluirTenho ainda esperança de curarmi e de encontrar uma soliçao definitiva para tudo isso , peço a vcs uma maior orientaçao , agradeço desde Jà !!! meu email é isidecamargo@hotmail.com
Boa tarde!
ResponderExcluirMeu nome é Franciele e minha mãe esta com VL, tendo uma grande ferida no pé. Pesso a contribuição de voces para que me informem o nome do medicamento que vem tomando contra essa doença, tanto para aliviar a dor, quanto para trata-la. Assim vou encaminhar ao medico que esta acompanhando ela. Minha irmã casa no sabado dia 04/12 e estamos desesperados, para conseguir pelo menos aliviar a dor que é intensa.
Obrigada... meu e-mail: franci.juridico@gmail.com
Boa tarde!
ResponderExcluirMeu nome é Franciele e minha mãe esta com VL, tendo uma grande ferida no pé. Pesso a contribuição de voces para que me informem o nome do medicamento que vem tomando contra essa doença, tanto para aliviar a dor, quanto para trata-la. Assim vou encaminhar ao medico que esta acompanhando ela. Minha irmã casa no sabado dia 04/12 e estamos desesperados, para conseguir pelo menos aliviar a dor que é intensa.
Obrigada... meu e-mail: franci.juridico@gmail.com
Bom dia, sou portadora de vasculopatia livedóide e gostaria de entrar em contato com outros portadores, pois li o blog de vcs com alguns depoimentos e minha história não difere muito.
ResponderExcluirDescobri a patologia há sete meses e tomo AAS, pentoxifilina e gabapentina pois tenho neurite associada.
Daisy Lima dos Santos
Nutricionista
(84)9905-0610
(84)8725-6590
"O impossível Ele pode realizar."