O síndrome de persistência do ducto Mulleriano (PMDS) é uma doença rara do desenvolvimento sexual (DSD) caracterizada pela persistência de derivativos de Mullerianos, do útero e/ou das trompas de Falópio, em rapazes normalmente virilizados.
A prevalência exacta na população é desconhecida.
Todos os indivíduos afectados são, por definição, genotipicamente (46,XY) e fenotipicamente (genitais externos normalmente virilizados) do sexo masculino. Os sintomas indicativos são criptorquidismo ou hérnia inguinal. Os testículos são normalmente diferenciados e, na ausência de criptorquidismo de longa duração, contêm normalmente células germinativas. Contudo, os indivíduos do sexo masculino podem ser inférteis devido à ligação anómala dos testículos aos ductos excretores masculinos por aplasia do epidídimo e da parte superior do ducto deferente. Os níveis de testosterona são habitualmente normais, a não ser que tenha ocorrido degenerescência testicular.
O PMDS é transmitido de forma autossómica recessiva. A análise genética de mais de 100 famílias demonstrou que cerca de 45% dos casos são causados por mutações no gene codificador da hormona anti-Mulleriana (AMH; 19p13.3). Mutações no gene que codifica o receptor AMH (gene do receptor hormonal anti- Mulleriana tipo II, AMHR2; 12q13) são responsáveis por outros 40% dos casos, sendo que cerca de metade dos doentes com mutações deste gene são portadores da mesma mutação (uma delecção de 27 pares de base no exão 10). A função ovárica parece ser normal em familiares do sexo feminino de indivíduos do sexo masculino afectados, contudo, são necessários mais estudos para determinar se os portadores homozigóticos do sexo feminino de mutações no gene AMH ou no gene AMHR2 possam ser afectados de menopausa precoce.
O PMDS é normalmente descoberto acidentalmente durante a cirurgia para testículos não descidos ou hérnia inguinal em rapazes com genitais externos normais. Um teste específico de ELISA pode ser usado para determinar os níveis séricos de AMH sendo um método útil de rastreio para guiar o diagnóstico molecular.
O tratamento é cirúrgico e consiste na reposição das gónadas dentro do escroto, requerendo dissecção cuidadosa dos derivativos Mullerianos. Não é recomendado histerectomia total devido ao risco para ducto deferente.
O diagnóstico precoce e o tratamento podem diminuir o risco de degenerescência e malignidade dos testículos associada ao criptorquidismo prolongado. A função sexual é normal, mas a fertilidade está comprometida, mesmo em doentes tratados. Hemospermia tem sido observada em doentes mais velhos, mas a presença de derivativos Mullerianos não costuma ser prejudicial de ouras formas.
A prevalência exacta na população é desconhecida.
Todos os indivíduos afectados são, por definição, genotipicamente (46,XY) e fenotipicamente (genitais externos normalmente virilizados) do sexo masculino. Os sintomas indicativos são criptorquidismo ou hérnia inguinal. Os testículos são normalmente diferenciados e, na ausência de criptorquidismo de longa duração, contêm normalmente células germinativas. Contudo, os indivíduos do sexo masculino podem ser inférteis devido à ligação anómala dos testículos aos ductos excretores masculinos por aplasia do epidídimo e da parte superior do ducto deferente. Os níveis de testosterona são habitualmente normais, a não ser que tenha ocorrido degenerescência testicular.
O PMDS é transmitido de forma autossómica recessiva. A análise genética de mais de 100 famílias demonstrou que cerca de 45% dos casos são causados por mutações no gene codificador da hormona anti-Mulleriana (AMH; 19p13.3). Mutações no gene que codifica o receptor AMH (gene do receptor hormonal anti- Mulleriana tipo II, AMHR2; 12q13) são responsáveis por outros 40% dos casos, sendo que cerca de metade dos doentes com mutações deste gene são portadores da mesma mutação (uma delecção de 27 pares de base no exão 10). A função ovárica parece ser normal em familiares do sexo feminino de indivíduos do sexo masculino afectados, contudo, são necessários mais estudos para determinar se os portadores homozigóticos do sexo feminino de mutações no gene AMH ou no gene AMHR2 possam ser afectados de menopausa precoce.
O PMDS é normalmente descoberto acidentalmente durante a cirurgia para testículos não descidos ou hérnia inguinal em rapazes com genitais externos normais. Um teste específico de ELISA pode ser usado para determinar os níveis séricos de AMH sendo um método útil de rastreio para guiar o diagnóstico molecular.
O tratamento é cirúrgico e consiste na reposição das gónadas dentro do escroto, requerendo dissecção cuidadosa dos derivativos Mullerianos. Não é recomendado histerectomia total devido ao risco para ducto deferente.
O diagnóstico precoce e o tratamento podem diminuir o risco de degenerescência e malignidade dos testículos associada ao criptorquidismo prolongado. A função sexual é normal, mas a fertilidade está comprometida, mesmo em doentes tratados. Hemospermia tem sido observada em doentes mais velhos, mas a presença de derivativos Mullerianos não costuma ser prejudicial de ouras formas.
Editor(es)
- Dr Jean-Yves PICARD
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