PARCERIAS

sábado, 14 de janeiro de 2012

Glicogenose por deficiência de LAMP-2

A doença de armazenamento do glicogénio por deficiência de LAMP-2 (Proteína 2 de Membrana Associada ao Lisossoma) é uma doença de armazenamento lisossómico do glicogénio caracterizada por miocardiopatia grave e vários graus de fraqueza muscular, frequentemente associada com défice intelectual. Mais de 20 famílias foram descritas na literatura até o momento. A doença manifesta-se classicamente em indivíduos do sexo masculino com mais de 10 anos de idade. O quadro clínico pode ser grave em ambos os sexos, mas a apresentação ocorre geralmente mais tarde nos indivíduos do sexo feminino. A doença é transmitida de forma recessiva ligada ao X e é causada por mutações no gene LAMP2, localizado em Xq24. A proteína LAMP2 é um componente essencial da membrana lisossomal e parece desempenhar um papel na fusão autofagossoma-lisossoma. O diagnóstico biológico envolve demonstração de atividade normal ou elevada da maltase ácida em combinação com biopsias musculares mostrando grandes vacúolos (preenchidos com glicogénio e produtos de degradação citoplasmática) e ausência da proteína LAMP-2 na análise imunohistoquímica. O diagnóstico pode ser confirmado por análise molecular do gene LAMP2. O diagnóstico diferencial deve excluir miopatia ligada ao X com autofagia excessiva (XMEA) e doença de armazenamento do glicogénio tipo 2 (ver estes termos). A identificação de mutações no gene LAMP2 permite o diagnóstico de portadores de ambos os sexos em famílias afetadas. O aconselhamento genético é complicado pela natureza heterogénea da doença, mesmo em indivíduos do sexo masculino da mesma família. O diagnóstico pré-natal é possível para famílias afetadas uma vez que a mutação causativa da doença foi identificada. Não existe tratamento específico para esta doença. O tratamento sintomático é requerido para as manifestações cardíacas e os doentes podem precisar de transplantes de coração. Os doentes têm risco de morte súbita por arritmia durante o início da vida adulta. *Autores: Drs R. Froissart e I. Maire (Julho 2007) *.

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