PARCERIAS

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DONOVANOSE


donovanose é uma doença crônica progressiva que acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais.
donovanose (granuloma inguinal) é freqüentemente associada à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não sejam ainda bem conhecidos. A contagiosidade é baixa. O período de incubação é de 30 dias a 6 meses. É pouco freqüente, e ocorre mais freqüentemente em climas tropicais e subtropicais.

O agente etiológico é o Calymmatobacterium granulomatis, bactéria descrita pela primeira vez em 1913, por dois pesquisadores brasileiros, Aragão e Vianna.

QUADRO CLÍNICO

Inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil.

A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo se tornar vegetante ou úlcero-vegetante. As lesões podem ser múltiplas, sendo freqüente a sua configuração em "espelho", em bordas cutâneas e/ou mucosas.

Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal. Não há adenite na donovanose, embora raramente possam se formar pseudobubões (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase sempre unilateral.

Na mulher, a forma elefantiásica é observada quando há predomínio de fenômenos obstrutivos linfáticos.

A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorre a partir de lesões genitais ou perigenitais primárias.

DIAGNÓSTICO

Diagnóstico Laboratorial
A identificação dos corpúsculos de Donovan no material obtido por biópsia pode ser feita por meio de exame histopatológico, com as colorações pelos métodos de Wright, Giemsa ou Leishman.

Diagnóstico Diferencial

Sífilis, cancro mole, tuberculose cutânea, amebíase cutânea, neoplasias ulceradas, leishmaniose tegumentar americana, e outras doenças cutâneas ulcerativas e granulomatosas.

TRATAMENTO

Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, até a cura clínica (no mínimo por 3 semanas)

Sulfametoxazol-Trimetoprim (160 mg e 800 mg), VO, de 12/12 horas, até a cura clínica (no mínimo por 3 semanas)

Ciprofloxacina 750mg, VO, de 12/12 horas, até a cura clínica

Tianfenicol granulado, 2,5 g, VO, dose única, no primeiro dia de tratamento; a partir do segundo dia, 500 mg, VO, de 12/12 horas, até a cura clínica

Eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6 horas, até a cura clínica (no mínimo 3 semanas)
Observação: não havendo resposta na aparência da lesão nos primeiros dias de tratamento com a ciprofloxacina ou a eritromicina, recomenda-se adicionar um aminoglicosídeo, como a gentamicina 1mg/kg/dia, EV, de 8 em 8 horas.

RECOMENDAÇÕES

A resposta ao tratamento é avaliada clinicamente; o critério de cura é o desaparecimento da lesão.

As seqüelas deixadas por destruição tecidual extensa, ou por obstrução linfática, podem exigir correção cirúrgica.

Devido à baixa infectividade, não é necessário fazer o tratamento dos parceiros sexuais.

Gestante

Doença de baixa incidência em nosso meio. Não foi relatada infecção congênita resultante de infecção fetal.
A gestante deve ser tratada com:
Eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6 horas, até a cura clínica (no mínimo por 3 semanas).
Observação: no tratamento da gestante a adição da gentamicina deve ser considerada desde o início.

Portador de HIV

Pacientes HIV-positivos devem ser tratados seguindo os esquemas citados acima. Entretanto, o uso da terapia parenteral com a gentamicina também deve ser considerada nos casos mais graves.
Fonte: www.inf.furb.br
Donovanose
É uma doença crônica e progressiva. Aparece na pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. Pode ocorrer em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos.
Ou se preferir : É uma enfermidade granulomatosa de evolução subcutânea ou crônica, de localização preferencial ao nível da área genital ou perigenital.
Também chamada de:
Granuloma venéreo ou úlcera serpiginosa, granuloma contagioso, granuloma inguinal ou granuloma

Perído de Incubação

É de 30 dias a 6 meses. É mais freqüente em climas tropicais e subtropicais e a doença tem início por um nódulo que se ulcera e sangra com facilidade. A partir daí as manifestações estão diretamente ligadas às respostas tissulares do hospedeiro, dando lugar a formas localizadas ou extensas, e até mesmo lesões viscerais, através de uma disseminação hematogênica.

O Agente causador

É a Calymmatobacterium granulomatis. Essa bactéria foi descrita pela primeira vez em 1913, por dois pesquisadores brasileiros, Aragão e Vianna.
O agente etiológico é o Calymmatobacterium granulomatis, microorganismo gram-negativo, que se cora com relativa facilidade pelos métodos de Giemsa, Leishman e Wright. Nas lesões, estes microrganismos, são encontrados dentro dos macrófagos, sob a forma de pequenos corpos ovais, corpúsculos de Donovan.

Transmissão

A transmissão sexual é a mais conhecida, embora possam haver outros meios ainda não estudados. A contagiosidade é baixa.

Controversia

Existem ainda vários aspectos controvertidos acerca desta enfermidade. A sua inclusão entre as doenças de transmissão sexual é posta em dúvida por alguns autores, que afirmam dever-se isto ao fato da maior parte das lesões terem uma localização genital ou perigenital. Por outro lado, a ocorrência da doença em crianças ou em pessoas sexualmente inativas, bem como a raridade da contaminação em parceiros sexuais de pacientes com lesões abertas, fortalecem a hipótese de ser o agente etiológico desta enfermidade um microorganismo que teria como habitat natural o intestino, sendo a pele afetada secundariamente

Sintomas

Começa com uma úlcera de cor vermelha vivo e de sangramento fácil. As lesões podem ser múltiplas.

Complicações

A doença pode causar deformidades genitais, elefantíase e tumores.

Exame

O diagnóstico laboratorial pode ser feito por exame histopatológico, com as colorações pelos métodos de Wright, Giemsa ou Leishman.
O diagnóstico definitivo da Donovanose é estabelecido pela demonstração dos corpúsculos de Donovan, seja em esfregaços corados pelo Giemsa, ou em cortes de tecidos corados pela hematoxilina-eosina. O material deve ser colhido preferencialmente de parte do fragmento destinado ao exame anatomopatológico, ou em áreas de granulação ativa.

Tratamento e/ou medicação

A medicação é à base de antibióticos. Pode haver a necessidade de intervenção cirúrgica para correção das seqüelas. O tratamento acaba com o desaparecimento da lesão. Por ser pouco contagioso, não há necessidade de tratamento dos parceiros.
As medicações mais comumente usadas no tratamento da donovanose são: Estreptomicina, Tetraciclinas, Cloranfenicol, Gentamicina e Ampicilina. Além da terapêutica sistêmica, utilizam-se métodos cirúrgicos para correção de alterações cicatriciais e estenoses. Também podem ser empregadas soluções fracas de nitrato de prata e podofilina nas formas vegetantes, ou com abundante tecido de granulação.
Fonte: www.dstfacil.hpg.ig.com.br

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