Os tumores glômicos são extremamente vascularizados e originados dos corpos glômicos (quimiorreceptores de origem neural). Constituem a neoplasia benigna mais comum da orelha média. O objetivo deste estudo é analisar prospectivamente os pacientes consecutivamente submetidos a cirurgia por tumores glômicos em nosso serviço. Analisamos o sexo, a idade, o quadro clínico, o tipo de acesso cirúrgico e as complicações pós-operatórias de 13 pacientes tratados de agosto/97 a agosto/99. A idade média foi de 45,57 anos e todos eram do sexo feminino. Cinco tumores (38,46%) eram timpânicos e 8 (61,53%) eram jugulares. Nos pacientes com glomus timpânico, 80% tinham hipoacusia condutiva e 60% zumbido pulsátil. A abordagem foi via endaural em 40% dos casos, transmastóidea com cavidade fechada em 40% e com cavidade aberta em 20%. Um paciente evoluiu com paralisia facial e cofose. Nos glomus jugulares, 100% tinham hipoacusia (neurossensorial em 62,5%), 50% zumbido pulsátil e 50% déficit de outros nervos cranianos. A via infratemporal foi utilizada em todos os pacientes. As complicações principais foram déficit de nervos cranianos (50%), meningite e fístula liquórica (12,5%). Os tumores glômicos apresentam boa resposta ao tratamento cirúrgico, devendo então ser tratados o mais precocemente possível.
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