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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Doença de Coats

Doença de Coats

A doença de Coats é também conhecida como Telangiectasia Retiniana, Síndrome de Coats, Retinite Exudativa. Sabe-se que não é uma doença hereditária, porém sua origem ainda não foi completamente elucidada pela ciência.É uma condição em que há desenvolvimento anormal dos vasos que irrigam a retina. Os vasos ficam dilatados, e ocorre extravasamento do soro sangüíneo para a porção posterior do olho. A retina fica então edemaciada, podendo ocorrer o seu descolamento total ou parcial. Pode ter apresentação também como múltiplos aneurismas dos vasos retinianos, que causam degeneração dessa estrutura ocular.A doença de Coats é mais prevalente em meninos e afeta, na grande maioria das vezes, apenas um olho. A doença geralmente começa a se desenvolver aos 5 anos de idade, porém já foi diagnosticada em bebês de até 4 meses. É uma enfermidade progressiva, ou seja, desenvolve-se lentamente. Portanto, a detecção precoce é extremamente importante para que seja possível salvar a visão da criança. Se a doença avançar muito, ocorre perda total da visão. Em estágio final, a enucleação (retirada do olho) é um potencial desfecho.

A doença de Coats pode ser classificada em 5 estágios de acordo com a sua evolução:

  1. Estágio 1: teliangectasia retiniana - apenas os vasos estão afetados. Se detectada nesse estágio, há grande probabilidade do tratamento salvar não só o olho, como grande parte da visão.
  2. Estágio 2: teliangectasia e exudação - os vasos afetados provocam edema da retina. O tratamento para esse estágio da doença também oferece boas chances de recuperação.
  3. Estágio 3: descolamento exudativo da retina. O tratamento dessa fase pode requerer cirurgia.
  4. Estágio 4: descolamento total da retina e glaucoma – o tratamento nesse estágio é a enucleação (retirada do globo ocular) para aliviar fortes dores.
  5. Estágio 5: fase final da doença – nessa fase, o paciente já está completamente cego e não há desconforto, portanto não é necessário tratamento agressivo.
A partir do exposto acima, fica clara a importância da detecção precoce da doença de Coats. Quando diagnosticada em seus estágios iniciais, a probabilidade de salvar a visão da criança são muito boas. O grande desafio na detecção precoce é que crianças não conseguem expressar o que sentem, logo é fundamental que o teste do olhinho seja incorporado na rotina dos profissionais que cuidam da saúde infantil.

Texto escrito por: Fernanda Melo (integrante do PET-Medicina/UFC)

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