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terça-feira, 30 de junho de 2009
EQUINOCOCOSE
Equinococose
Pequenos vermes Echinocossus existentes dentro dos cistos. A preto vêem-se os escolex imaturos
A equinococose,é uma doença bastante grave causada pela ingestão acidental de larvas dos parasitas platelmintes de canídeos, do género Echinoccocus. Há duas formas de equinococose: cística (hidática) e equinococose alveolar. É uma das poucas parasitoses ainda algo frequentes nos países de clima temperado, inclusivamente nos desenvolvidos. A classe Cestoda que abrange endoparasitas diferem em alguns tipos de Tênias, Taenia solium, Taenia saginata, Echinococcus g. , Dibothriocefalus l. Diferentes casos referentes à ingestão desses parasitas ou cistos causam de fato problemas também diferentes. A Hidatide é uma larva Echinococcus g. que desenvolve-se na fase adulta e transforma-se em uma Tênia que parasita o intestino de alguns animais carnívoros(também o homem). A ingestão de ovos dessas Tênias faz com que os ovos liberem larvas Hidatides, uma vez ocorrido esse fato, as larvas passam a parasitar orgãos como pulmão, cérebro. Essa parasitose causada pelas LARVAS Hidatides é chamada de Hidatidose e é extremamente perigosa, o que diz respeito ao crescimento das mesmas no cérebro que chegam a uma média de 15cm a 30cm. O homem e outros animais quando parasitados por larvas são Hospedeiros Intermediários. No entanto, a ingestão de larvas já formadas acarreta no parasita do intestino, isto é, a Tênia procura o intestino do animal levando boa parte da vitamina B12, causando anemia. Esse problema é nomeado de Echinococose e agora esse animal é o Hospedeiro Definitivo. Conclusão:
Ingestão de Ovos = Hidatidose ( as larvas saem dos ovos) Ingestão de Larvas Hidatides = Echinococose ( as larvas crescem no intestino)
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Echinococcus
Os equinococos são vermes achatados platelmintes do grupo dos cestoda. Como todos os platelmintes, têm um tubo digestivo incompleto.
O E. granulosus é um parasita intestinal com 6 milímetros dos cães (Canidae, também infecta dingos), tem um escolex e cerca de três proglótides; enquanto o E. multilocularis (3 milímetros, escoléx e cinco proglótides) parasita também raposas, gatos e outras espécies. Outros com menor importância são o E. vogeli e o E. oligarthrus. São semelhantes, nestes hospedeiros definitivos, às ténias, não causando problemas de maior. A doença humana é provocada pela sua ingestão e desenvolvimento acidental nos seres humanos como hospedeiros intermediários.
Ciclo de vida
O parasita adulto (hermafrodita) vive durante cerca de um ano no intestino do hóspede definitivo (cão ou raposa) excretando os seus ovos sexuadamente nas fezes. Os ovos são então ingeridos na água ou plantas pelo hospedeiro intermediário, normalmente uma ovelha, um roedor ou outros herbívoros, mas acidentalmente também pelo Homem. No intestino destes animais, os ovos libertam as larvas, que penetram na mucosa do intestino e depois nas veias, migrando pelo sangue até orgãos bem irrigados, principalmente o fígado (que recebe o sangue vindo dos intestinos primeiro), mas também no pulmão ou outros orgãos. Aí encistam-se, ou seja, adoptam formas quiescentes. Estes cistos têm membranas múltiplas externas e no interior liquido ou gel e crescem até se transformarem em cistos hidáticos ou metacestodes, nos quais crescem cerca de vinte pequenos vermes (denominados protoscocelos). Os cistos podem crescer até 15 centímetros de diâmetro, mas frequentemente são maiores, e podem multiplicar-se por fragmentação. O cão ou raposa é infectado quando consome carne contendo estes protoscocelos, que se desenvolvem no seu intestino em formas adultas exclusivamente intestinais (como as ténias nos seres humanos).
Contudo o Homem não é habitualmente consumido por canídeos, e nele os cistos continuam crescendo e causam problemas de saúde. No caso do E.multilocularis, é frequente os cistos crescerem pela protuberância e posterior desprendimento de cistos "filhos", que podem até disseminar-se pelo sangue alojando-se em orgãos distantes.
Epidemiologia
O cão é o hospedeiro definitivo do E. granulosus e a fonte das infecções humanas
O E.granulosus existe em todo o mundo, sendo mais frequente nos países do Mediterrâneo, Europa de Leste, África, Austrália, Ásia e América Latina incluindo Brasil, sendo muito comum em áreas rurais do Rio Grande do Sul por exemplo. Em Portugal é raro.
O E.multilocularis é um parasita do hemisfério norte, existindo na Rússia, Norte da China, Ásia Central, Irão, Turquia, na Europa Central (Alemanha, França oriental, Suíça, Áustria, Polónia e República Checa) e no Canadá e Norte dos EUA, incluindo o Alasca. É rara em Portugal e não existe no Brasil ou na África. Nos países desenvolvidos infecta principalmente as raposas selvagens, de cujos parasitas provém as infecções humanas.
A raposa é o hospedeiro definitivo principal do E. multilocularis e a fonte das infecções humanas
Progressão e sintomas
Após infecção, inicialmente é assintomática, já que os cistos são ainda pequenos. Se continuarem a crescer podem, depois de alguns anos (até quinze), causar problemas nos orgãos afectados, principalmente se forem em maior número.
Na infecção por E. granulosus, os cistos tendem a expandir-se como um balão. Se atingirem o fígado (60% dos casos) há dor na região do orgão (à direita junto às costelas), hepatomegalia, e possivelmente icterícia (pele e branco do olho amarelos). Se atingir os pulmões (25% dos casos) causa tosse, dores de peito, falta de ar. Se atingir o cérebro (raro) pode haver problemas neurológicos ou até distúrbios de personalidade.
A infecção com E. multilocularis é quase sempre (99% dos casos) no fígado. Os cistos crescem de forma infiltrativa e frequentemente separam-se em cistos filhos, podendo inclusivamente "metastizar" para outros orgãos. O seu comportamento é semelhante, em casos avançados não tratados, ao do cancro/câncer, com disseminação de cistos filhos para vários orgãos. Sintomas incluem dores abdominais e torácicas, icterícia, perda de peso, dores ósseas, anemia, tosse, problemas neurológicos, etc. Se não tratada é praticamente sempre mortal após alguns anos.
Se um cisto cheio de líquido rebentar, espontaneamente ou após trauma (como um acidente de automóvel) o líquido cheio de antigénios do parasita é detectado pelo sistema imunitário que reage desproporcionadamente. Após ruptura de cistos pequenos há prurido e exantema cutâneo, febre e tremores; mas após ruptura de um grande pode surgir o choque anafilático, com alto risco de morte. Se o doente sobreviver à ruptura, pode curar-se ou cada verme (dos cerca de 20) formar um cisto novo, aumentando o seu número.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é pela observação dos cistos nos exames imagiológicos como por exemplo numa Tomografia computadorizada do fígado. A serologia, feita por ELISA com detecção de anticorpos específicos contra o parasita, é usada como confirmação.
O tratamento só é possível com a excisão cirúrgica dos cistos. Se esta não for possível, a administração a longo prazo de antiparasitas como o mebendazole pode não curar, mas melhora o prognóstico.
Prevenção
Nas áreas endémicas do E. granulosum pode-se tratar os cães contra a parasitose, e impedi-los de consumir carne crua ou mal cozinhada, e não os alimentar de nenhum modo com vísceras como fígado ou pulmões. Tomar medidas higiénicas sempre que em contacto com os cães, como lavar sempre as mãos antes de comer.
Contra o E. multilocularis a prevenção é mais difícil já que infecta principalmente animais selvagens. Há programas de controlo do parasita nas raposas em alguns países, e é aconselhável lavar bem ou cozinhar as plantas comestíveis selvagens ou agrícolas acessíveis às raposas
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