PARCERIAS

segunda-feira, 29 de junho de 2009

DELIRIO

Delírio O delírio é uma perturbação potencialmente reversível que costuma aparecer de maneira súbita. Diminui a capacidade para prestar atenção, a pessoa está confusa, desorientada e é incapaz de pensar com clareza. Causas O delírio é um estado mental anormal e não uma doença, com um espectro de sintomas que indicam uma diminuição da actividade mental. Centenas de perturbações podem causar delírio; vão da simples desidratação à intoxicação por drogas, até uma infecção potencialmente mortal. Afecta quase sempre as pessoas mais velhas cujo cérebro já está deteriorado (incluindo as muito doentes), as que consomem drogas que alteram a mente ou o comportamento e as pessoas que sofrem de demência. Sintomas O delírio pode começar de muitas maneiras e, em casos ligeiros, pode ser muito difícil de reconhecer. O comportamento de pessoas em estado de delírio é muito variável, mas parece-se com o de uma pessoa embriagada. A característica do delírio é a incapacidade de prestar atenção. As pessoas com delírio não conseguem concentrar-se, razão pela qual lhes é difícil processar informação nova e recordar factos recentes. Quase todas perdem o sentido do tempo, ficam confusas em relação à sua localização. Pensam de maneira confusa, divagam e tornam-se incoerentes. Nos casos mais graves chegam a perder o seu sentido de identidade. Podem sentir-se assustadas por alucinações nas quais crêem ver coisas ou pessoas que não existem. Algumas tornam-se paranóicas, crendo que estão acontecendo coisas estranhas. As pessoas com delírio reagem de várias maneiras: algumas tornam-se tão caladas e retraídas que aqueles que as rodeiam podem não se dar conta de que se encontram em estado de delírio; outras tornam-se muito agitadas e procuram fazer desaparecer as suas alucinações. Quando o delírio é causado por drogas, é frequente o comportamento alterar-se de diferentes maneiras conforme a droga consumida. Por exemplo, pessoas intoxicadas com soníferos tendem a ser muito retraídas, enquanto as intoxicadas com anfetaminas podem tornar-se agressivas e hiperactivas. O delírio pode durar horas, dias ou muito mais tempo, dependendo da intensidade do mesmo e das circunstâncias médicas da pessoa. Habitualmente agrava-se ao cair da noite (fenómeno conhecido como crepuscular). Em última instância, a pessoa com delírio pode cair num sono agitado e, conforme a causa, pode mesmo progredir para um estado de coma. Diagnóstico Os médicos podem reconhecer facilmente o delírio que tenha superado a etapa moderada. Uma vez que o delírio pode ser consequência de muitas doenças graves (algumas das quais podem ter um desenlace rápido e mortal), os médicos procuram determinar a sua causa o mais cedo possível. Primeiro, procuram diferenciar o delírio de uma doença mental. Nas pessoas com mais idade, procuram diferenciar o delírio da demência, através da análise da sua função mental habitual. No entanto, as pessoas com demência podem também sofrer de delírio. Os médicos recolhem a máxima informação possível sobre a história médica do doente. Amigos, familiares e outros observadores são interrogados acerca do início do estado confusional, da rapidez da sua evolução e do estado de saúde física e mental da pessoa afectada; também se interrogam acerca do uso de fármacos, de drogas e de álcool por parte daquela. A informação também pode provir da polícia, do pessoal médico das urgências e de objectos significativos, como as embalagens de medicamentos. Em seguida, o médico efectua um exame físico completo e presta uma atenção especial aos reflexos neurológicos. Também solicita análises de sangue, radiografias e, muitas vezes, leva a cabo uma punção lombar para obter líquido cefalorraquidiano para a sua análise. Tratamento O tratamento do delírio depende da causa subjacente. Por exemplo, os médicos tratam uma infecção com antibióticos, a febre com outros fármacos e os valores anormais de sal e de minerais em sangue mediante a regulação de líquidos e de sais. Deve evitar-se que as pessoas muito agitadas ou com alucinações se autolesionem, ou então que causem danos a quem se ocupa delas. Nos hospitais, à vezes utilizam-se ligaduras acolchoadas. As benzodiazepinas, como o diazepam, o triazolam e o temazepam, podem ajudar a acalmar a agitação. Os medicamentos antipsicóticos, como o haloperidol, a tioridazina e a clorpromazina, administram-se habitualmente só a pessoas em estado de paranóia agressiva ou com muito medo ou às que não se acalmam com as benzodiazepinas. Os hospitais utilizam as ligaduras como precaução e os médicos são cautelosos na prescrição de fármacos, sobretudo tratando-se de pessoas mais velhas, dado que as ligaduras ou os fármacos podem causar mais agitação ou confusão e ocultar um problema subjacente. No entanto, se o delírio é causado pelo álcool, prescrevem benzodiazepinas até que a agitação desapareça.

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