PARCERIAS
domingo, 7 de fevereiro de 2010
CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE A IMPORTANCIA DA INFECÇÃO EM FERIDAS POR MICROORGANISMOS EM AMBIENTES HOSPITALARES
Polimiosite
Doença sistêmica do tecido conjuntivo, caracterizada por inflamação e degeneração dos músculos.
Causas, incidência e fatores de risco:
A causa deste distúrbio é desconhecida, porém acredita-se que possa ser causado por uma reação auto-imune, ou por uma infecção viral do músculoesquelético. Pode afetar pessoas de qualquer idade, mas ocorre com maior freqüência entre os 50 e 70 anos, ou em crianças entre 5 e 15 anos de idade. Geralmente, afeta duas vezes mais às mulheres que aos homens, e a incidênciaé de 5 em cada 10.000 pessoas. A fraqueza muscular pode aparecer subitamente ou ocorrer lentamente durante semanas ou meses. Pode haver dificuldade para elevar os braços acima da cabeça, levantar-se quando em posição sentada, ou subir escadas. A voz também pode ser afetada porfraqueza da laringe. Pode ocorrer dor articular, inflamação do coração e doença pulmonar. Uma condição similar, denominada dermatomiosite, fica evidente quando aparece uma erupção vermelho-escura no rosto, pescoço, ombros, na parte superior do tórax e na região lombar. Uma neoplasia pode estar associada com este distúrbio.
Bronquiectasias
CAUSAS
As bronquiectasias têm uma origem muito variada, pois podem ser provocadas por várias doenças que originam uma alteração da estrutura das paredes brônquicas, chegando a destruir, em alguns casos, as suas fibras musculares e elásticas, o que contribui para o desenvolvimento de dilatações localizadas, como se fossem bolsas ou sacos de diferente tamanho e forma. Por vezes, embora se trate de uma doença congénita, as bronquiectasias constituem uma complicação de uma doença bronco- pulmonar surgida na infância, quando as paredes brônquicas são mais frágeis, ou na terceira idade, quando são mais frequentes as doenças brônquicas do tipo obstrutivo, como a bronquite crónica.
Entre as causas clássicas, destacam-se as infecções broncopulmonares que surgem como complicação de doenças típicas da infância, tais como a tosse convulsa e o sarampo. Porém, hoje em dia, graças à vacinação que em inúmeros países é aplicada contra estas doenças, a incidência de bronquiectasias com esta origem baixou significativa mente. Mas todas as infecções brônquicas ou pulmonares, caso não se proceda ao tratamento adequado, sobretudo quando o indivíduo afectado é uma criança, podem originar a formação de bronquiectasias.
Por outro lado, qualquer obstrução brônquica - por exemplo, a produzida pela aspiração de um corpo estranho que bloqueie um brônquio ou por um tumor que obstrua o seu lúmen ou o comprima a partir do exterior - pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de bronquiectasias. De facto, a obstrução brônquica altera a ventilação e a drenagem de secreções, que se acumulam para além do ponto de oclusão, gerando as condições ideais para a proliferação de microorganismos patogénicos. O consequente processo inflamatório e infeccioso vai provocar uma alteração da estrutura das paredes brônquicas, na medida em que modifica o tecido que a suporta, proporcionando o desenvolvimento de dilatações. Existem igualmente algumas doenças que se caracterizam por um aumento da viscosidade das secreções brônquicas, como é o caso da fibrose quística, as quais provocam uma obstrução e originam bronquiectasias entre as suas complicações habituais.
MANIFESTAÇÕES
sintomas dependem do número, tamanho e localização das dilatações brônquicas. Por vezes, os problemas são mínimos, como acontece quando o brônquio afectado se encontra na parte superior do pulmão e a sua drenagem é assegurada pelo efeito da gravidade. Por outro lado, quando as dilatações brônquicas se encontram em zonas inferiores e as secreções tendem a acumular-se no seu interior, as manifestações são evidentes.
A principal corresponde a uma tosse persistente e produtiva, ou seja, com expectoração. Normalmente, a tosse é mais intensa e com abundante expectoração de manhã, ao acor- dar, ao final da tarde e à noite, ao deitar. Por vezes, a expectoração é eliminada com relativa facilidade, praticamente sem qualquer tosse ou esforço, sobretudo quando se adopta uma posição que favoreça a drenagem das secreções acumuladas no interior das dilatações até aos brônquios principais. Inicialmente, a expectoração costuma ser clara, mas com o tempo e como consequência de infecções persistentes ou repetidas, torna-se mais espessa, adquirindo uma cor mais escura e eventualmente um odor fétido.
Ocasionalmente, devido à ruptura de algum vaso sanguíneo da parede brônquica, produz-se expectoração sanguinolenta (hemoptise).
Normalmente, as hemorragias são pouco intensas e limitadas, mas por vezes são repetidas ou tão significativas que podem colocar em perigo a vida.
Também se podem produzir manifestações gerais, de índole diversa, tanto como consequência de uma maior sensibilidade as infecções locais, como por uma alteração da ventilação pulmonar, caso as bronquiectasias sejam muito extensas.
Por outro lado, a acumulação de secreções nas dilatações brônquicas favorece o desenvolvimento de infecções agudas e, neste caso, para além de tosse e expectoração, pode haver outros sinais e sintomas tais como mal-estar geral e febre elevada, dor torácica, etc. Caso não se efectue o tratamento adequado, podem surgir abcessos pulmonares, muito frequentes antes da utilização dos antibióticos.
Sindrome de Felty
Distúrbio caracterizado pela artrite reumatóide, pela dilatação do baço, pela redução na contagem de glóbulos brancos e pelas infecções recorrentes.
Associação de Artrite Reumatóide, esplenomegalia e neutropenia recebe o nome de Síndrome de Felty, que eventualmente (15%) acomete pacientes com doença de longa evolução. Anemia e trombocitopenia podem ocorrer, bem como vasculitemanifestada como úlceras nos membros inferiores e neuropatia periférica. Infecções freqüentes e graves podem ser complicação da neutropenia severa.
Para o tratamento da síndrome de Felty é necessário controlar a atividade da artrite reumatóide com DMARDs (drogas modificadoras da atividade da artrite reumatóide como, hidroxicloroquina ou sulfassalazina) e tratar as alterações hematológicas, até com a utilização do fator estimulador da colônica de granulócitos (G-CSF) em casos de infecções repetidas. No caso de doença refratária, pensar na possibilidade deesplenectomia.
Referências:
Bowman SJ, Sivakumaran M, Snowden N et al – The large granular lymphocyte syndrome with rheumatoid artritis. Immunogenetic evidence for a broader definition of Felty’s syndrome. Arthritis Rheum 1994;37:1326-1330.
Fenômeno de Raynaud
Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada por Maurice Raynaud (1843-1881): médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira vez em 1862.
Quando paciente da doença de Raynaud expõem as extremidades do corpo à baixas temperaturas, o suprimento de oxigênio se reduz, e torna a coloração da pele branca, empalidecida, além de fria e às vezes dormente. Quando o oxigênio é totalmente consumido pelas células, esgota-se, então a pele começa a adquirir uma coloração azulada ou roxa (chamada cianose). Estes eventos são episódicos -- com duração variando para cada pessoa de acordo com a gravidade da doença --, sendo que ao terminar o episódio a área é aquecida, retornando o fluxo de sangue por vasodilatação e rubor novamente a pele, às vezes apresentando formigamento e inchaço.[editar]Sintomas
Na variação mais comum da doença de Raynaud há três mudanças de cores presentes (branco ou empalidecido; azul, roxo ou cianose; e avermelhado ou rubor). Apesar de alguns paciente não apresentarem todas as fases de mudanças de cores.
[editar]Doença versus Fenômeno
É importante distinguir a doença de Raynaud do fenômeno de Raynaud.
A doença de Raynaud (ou Raynaud primário) é diagnosticado quando os ocorrem sozinhos, não associado a outras doenças. Frequente em garotas de 13 a 19 anos de idade e mulheres jovens adultas. Esta forma de Raynaud é hereditária.
O fenômeno de Raynaud (ou Raynaud secundário) ocorre subseqüentemente a um grande grupo de doenças, principalmente aquelas ligadas à desordens do tecido humano, como artrite, esclerodermia, entre muitas outras. No entanto, esta forma de Raynaud pode progredir para necrose e gangrena dos dedos.
A diferenciação das duas formas de Raynaud faz-se observando por sinais de artrites ou vasculites e exigindo testes de laboratório.
Segundo o cirurgião vascular do Hospital das Clínicas de São Paulo Celso Ricardo Bregalda Neves, a síndrome de Raynaud atinge até 3% da população mundial. Deste total, 80% são mulheres. Relata que a maioria dos casos ocorre na faixa etária entre 15 e 25 anos, para a doença, e acima dos 35 anos para o fenômeno.[1]
[editar]Prevenção
Pacientes com a doença de Raynaud são aconselhados: a manter a área afetada aquecida (com luvas e meias); devem evitar tocar em objetos frios e ambientes com baixa temperatura; situações estressantes; substâncias que provocam a vasoconstrição, como a nicotina (do cigarro) ou a cafeína (do café, chá, etc.); e também fármacos que promovem a vasoconstrição, como descongestionantes nasais ou aqueles que contenham beta-bloqueadores.