PARCERIAS
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domingo, 23 de agosto de 2009
HIPOPARATIREOIDISMO
Hipoparatireoidismo
Deficiência de hormônio da paratireóide.
Causas, incidência e fatores de risco:
As glândulas paratireóides estão localizadas na frente e na base do pescoço ao redor da glândula tireóide. Estas glândulas produzem o hormônio da paratireóide, o qual regula o equilíbrio de cálcio, fósforo e magnésio no sangue e a mineralização normal dos ossos.
Sem quantidades suficientes de hormônio da paratireóide, o nível de cálcio no sangue cai e causa sintomas e problemas. O hipoparatireoidismo pode ser causado por um distúrbio genético; ausência congênita das glândulas paratireóides; remoção acidental ou lesão das glândulas paratireóides durante uma cirurgia para remover a glândula tireóide ou outra cirurgia do pescoço; irradiação massiva na glândula tireóide ou deficiência de magnésio.
Os fatores de risco incluem cirurgia recente da tireóide ou pescoço; antecedentes familiares de distúrbio da paratireóide ou antecedentes de certos distúrbios endócrinos autoimunes tais como a doença de Addison. A incidência é de 4 em cada 100.000 pessoas.
ALERGIA GERAL
Alergia Alimentar
Causará provavelmente surpresa saber que as verdadeiras alergias alimentares são responsáveis por menos de 50% dos casos de urticária, asma, diarreia e outros sintomas que habitualmente lhes são atribuídos. isto deve-se ao fato de mais de metade destes sintomas serem realmente causados por intolerância alimentar
A alergia alimentar e a intolerância alimentar são muitas vezes confundidas porque produzem frequentemente o mesmo tipo de sintomas. Biologicamente, contudo, o modo como produzem estes sintomas é, na verdade, muito diferente.
As alergias alimentares são designadas por reações de hipersensibilidade",
Nas verdadeiras alergias alimentares, o sistema imune do organismo reage a determinados alimentos como se fossem potencialmente perigosos. Para se defenderem destes invasores, as células do sistema imune produzem moléculas chamadas "anticorpos". Infelizmente, esta reação incita outras células especializadas, os mastócitos, a libertar uma substância chamada "histamina". É a histamina que provoca os sintomas alérgicos.
A circunstância de uma pessoa desenvolver ou não uma alergia alimentar depende de diversos factores, por exemplo, uma herança genética, a idade, os hábitos alimentares e, por vezes, as consequências de doenças infecciosas.
INTOLERÂNCIA ALIMENTAR
A intolerância alimentar depende de mecanismos que não envolvem anticorpos:
• Num caso, determinados componentes ou aditivos dos alimentos actuam diretamente sobre os mastócitos, levando‑os a libertar histamina.
• Noutro caso, determinadas substâncias causadoras de sintomas, chamadas "mediadores" (tiramina, serotonina, dopamina, etc.), existem já nos alimentos quando estes são ingeridos.
Sintomas
Os sintomas de alergia alimentar e de intolerância alimentar são, muitas vezes, idênticos e, por isso, frequentemente confundidos.
Clinicamente, os mais importantes sintomas comuns a ambas as situações envolvem a pele, o trato gastrintestinal (sistema digestivo) e o trato respiratório. Adicionalmente, a intolerância alimentar causa, muitas vezes, cefaleias, dores nas articulações, fadiga e mal‑estar geral.
Tratamento
O meio mais eficaz de tratar uma alergia ou uma intolerância alimentares consiste em eliminar da dieta a substância responsável. Porém, isto é mais fácil de dizer do que de fazer.
Primeiro, é necessário identificar a substância. Muito do que hoje em dia comemos é de fabrico industrial; alguns alimentos são complexos e podem conter diversas substâncias causadoras de sintomas.
Em segundo lugar, é necessário excluir essas substâncias da dieta. No entanto, como são tão utilizadas nos alimentos de fabrico industrial modernos, o processo pode revelar‑se muito difícil sem o recurso a um especialista... e a força de vontade para seguir o seu conselho durante anos ou, talvez, a vida inteira.
Se novos hábitos alimentares se demonstram, só por si, insuficientes, a terapêutica farmacológica (medicamentos) pode ser a resposta. Esta terapêutica deve visar:
• Bloquear o efeito prejudicial da histamina;
• ou impedir os mastócitos de libertarem histamina e outros mediadores.
A terapêutica farmacológica ideal deverá atingir estes dois objetivos.
Muitos alimentos vulgares são responsáveis por uma verdadeira reação alérgica ou por uma reação de intolerância alimentar. Alguns alimentos podem, na verdade, provocar reacções alérgicas e reações de intolerância alimentar ao mesmo tempo.
ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES ALÉRGICAS
os alimentos alergénicos mais comuns são: maças, nozes, tomates, leite, ovos, espinafres, uvas, bananas, amendoins, cacau, mariscos, moluscos, soja, peixe e galinha.
ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES DE INTOLERÂNCIA
• Os alimentos que atuam diretamente nos mastócitos e provocam libertação de histamina são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, ovos, peixe, mariscos, ananás e especiarias (canela).
• Os alimentos que contêm histamina e outros mediadores causadores de sintomas são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, mariscos, ruibarbo, queijo, arenque, bananas, cavala, bacalhau, pimenta, nozes, vinho, couve fermentada e atum.
Além disso, muitos alimentos contêm corantes, aromatizantes, conservantes, etc., que podem também causar sintomas de intolerância alimentar. Os corantes são: E 102, E 107, E 110, E 122, E 123, E 124, E 128 e E 15 1. Os aromatizantes são: cinamato (canela), anetol (alcaçuz), baunilha, eugenol (cravinho) e mentol. Os conservantes são: E 2 10, E 219, E 200, E 203. Os antioxidantes são: E 311, E 3 20 e E 32 1. Os aromatizantes são: E 620, E 624, E 626, E 629, E 630 e E633.
www.imunoalergologia.com
Clique em Alergias - artigo publicado em Portugal
Alergia Alimentar e Intolerância Alimentar.Qual é a Diferença?
Muitas pessoas confundem alergia alimentar com intolerância alimentar. Se você não sabe o que as diferenciam, leia o texto a seguir e descubra o que acontece em cada uma delas.
A Alergia Alimentar ocorre quando o sistema de defesa do organismo (sistema imune) acredita que uma substância alimentar inofensiva para o organismo é perigosa. Assim, no instante em que o indivíduo ingere o alimento, o sistema de defesa começa a "bombardear" o corpo com substâncias químicas que causam vários sintomas de alergia (dor abdominal, vômito, diarréia, urticária, asma, tosse) e que podem afetar o sistema respiratório e digestivo, a pele ou o sistema cardiovascular.
Foi observado que o maior número de casos está presente na lactância seguida pela infância e pelos adultos.
Os alimentos freqüentemente envolvidos na alergia alimentar são os que possuem alto teor de proteína, principalmente os de origem vegetal e marinha. Entre os alimentos que apresentaram reações alergênicas encontram-se o milho, arroz, centeio, nozes, camarão, mariscos, peru, carne de porco e bovina, banana, abóbora e batata.
Os principais fatores relacionados à alergia alimentar são: hereditariedade, exposição ao alimento, permeabilidade gastrointestinal e fatores ambientais que podem acentuar os sintomas da alergia.
Na Intolerância Alimentar ocorre reações adversas que são ocasionadas pelos alimentos, mas que não envolve o sistema de defesa (sistema imune). A intolerância mais comum é a do leite que é provocada pela falta da enzima lactase responsável pela digestão do açúcar presente no leite (lactose). Apesar de apresentarem causas distintas, os sintomas presentes na intolerância alimentar são os semelhantes ao da alergia alimentar.
Entre as substâncias que foram relacionadas com intolerância estão os conservantes, intensificadores de sabor, corantes, antioxidantes, ausência de enzimas.
Para o diagnóstico de alergia ou intolerância alimentar deve ser feito o levantamento do histórico familiar, descrição dos sintomas e o tempo decorrido a partir da ingestão do alimento, lista dos alimentos suspeitos e a quantificação do alimento para o aparecimento dos sintomas; exame físico; diário alimentar e de sintomas; testes bioquímicos e imunológicos, eliminação e de desafio alimentar.
O tratamento da alergia e da maioria das intolerâncias alimentares é com a exclusão dos alimentos causadores ou redução da sua quantidade na dieta. É necessário ler os rótulos dos alimentos com o objetivo de identificar as substâncias alergênicas. Se o alimento for retirado deve-se procurar substituí-lo por outro fornecedor do mesmo nutriente.
http://www1.uol.com.br/cybercook/colunas/cl_ss_alergia.htm
As alergias e intolerâncias alimentares
As alergias e intolerâncias alimentares produzem sintomas semelhantes, mas envolvem mecanismos diferentes. As alergias alimentares são causadas pelo sistema imune, que reage de maneira anormal ao alimento. A maioria dos alimentos pode desencadear uma resposta alérgica, mas a preparação, o cozimento e a ação do ácido digestivo e das enzimas destroem este potencial.
Alergênicos comunsMoluscos e morangos são dois dos alimentos mais comuns responsáveis por alergias alimentares verdadeiras, que envolvem o sistema imune.
Quando o sistema de defesa do seu corpo encontra uma substância potencialmente danosa, ele responde com uma reação imunológica. Esta libera histamina e outras substâncias na sua circulação, causando coceira na pele e alterações dos vasos sangüíneos. Em casos sérios, essa reação pode levar a uma queda rápida da pressão arterial e a uma reação dramática, potencialmente fatal, conhecida como choque anafilático, que pode interferir na capacidade da pessoa respirar. Estas substâncias também causam constrição dos brônquios pulmonares.
As intolerâncias alimentares não envolvem uma reação imunológica. Alguns dos mecanismos envolvidos não são completamente compreendidos. Reações de intolerância alimentar incluem:
Liberação não-alérgica de histamina. Os mariscos e os morangos causam esta reação em alguns indivíduos, que geralmente desenvolvem a erupção cutânea.
Defeitos nas enzimas. Indivíduos com uma deficiência de lactase, por exemplo, não podem digerir o açúcar do leite, lactose. O tratamento consiste de uma dieta com pouco leite e laticínios.
Reações farmacológicas. Estas ocorrem em resposta a componentes alimentares, como as aminas. As aminas são encontradas em alimentos que contêm nitrogênio (por exemplo, aminoácidos em alimentos como chá, café, bebidas de cola e chocolate). Os efeitos podem ser desencadeados por pequenas quantidades do alimento e incluem enxaqueca, tremores, sudorese e palpitações, que podem ser alarmantes.
Efeitos irritantes. Alimentos como o curry podem irritar o intestino. O glutamato monossódico pode causar uma doença conhecida como a síndrome do restaurante chinês, que resulta em dor no peito, palpitações e fraqueza.
Tratamento dietético
Qualquer indivíduo com suspeita de ter uma alergia alimentar deve ser diagnosticado e tratado por um médico e um nutricionista. O diagnóstico geralmente se baseia na eliminação de possíveis alérgenos, substâncias que causam uma reação alérgica, da dieta. A dieta de eliminação é, algumas vezes, baseada nos poucos alimentos que não têm chance de causar uma reação alérgica. Esta dieta limitada é muito rigorosa e difícil de ser seguida.
À medida que cada alimento é gradualmente reintroduzido na dieta, um nutricionista avalia qual deles é responsável por cada sintoma. Este processo exige uma monitoração cuidadosa. Não é seguro tentar excluir alimentos suspeitos da sua dieta por conta própria. Se for necessário usar uma dieta muito restritiva, há risco de deficiências nutricionais aparecerem, a menos que seja cuidadosamente controlada. Isto é especialmente importante para crianças, que precisam de um suprimento adequado dos nutrientes certos para crescer normalmente e manter uma boa saúde. O perigo da anafilaxia, ou outras reações graves, associadas ao diagnóstico de alergias alimentares, significa que o nutricionista deve trabalhar de maneira integrada com os colegas médicos.
Prevenindo as alergias alimentares
Algumas alergias alimentares são herdadas ou podem estar relacionadas com a sensitização ocorrida no útero ou nos primeiros meses depois do nascimento.
Eczema atópico
O eczema atópico afeta crianças com uma história de alergias, incluindo a febre do feno e a asma, e foi relacionada com alergias alimentares. Algumas pessoas sugeriram que mulheres grávidas ou em amamentação devem mudar suas dietas para reduzir ou prevenir o risco de que seus filhos desenvolvam alergias alimentares. Mães de crianças com risco de desenvolverem eczema atópico (o tipo que é hereditário e que freqüentemente aparece junto com a asma) deveriam tentar evitar alimentos altamente alergênicos, como o leite e os produtos derivados, nozes, ovos e sementes de soja. Pode também valer a pena atrasar a introdução de cada um destes alimentos para as crianças até que estejam com oito meses de idade. O leite materno parece dar alguma proteção, mas ninguém sabe ao certo se o leite de vaca tem algum papel desencadeador de alergias.
Intolerância à lactose
Indivíduos com deficiência de lactose devem evitar os produtos listados abaixo. Vários produtos e leites com lactose reduzida estão disponíveis comercialmente.
Leite de vaca, cabra e carneiro.
Derivados de leite, como queijos e leite desnatado.
Derivativos do leite freqüentemente usados na produção de alimentos, como a caseína e o soro de leite hidrolisado.
Alimentos como cubinhos de caldo (de carne, por exemplo) e torradas, que freqüentemente contêm soro de leite.
Medicações que usam derivados de leite para preenchimento.
Alergia a nozes
Os amendoins são a causa mais comum das reações alérgicas graves (algumas vezes fatais), conhecidas como anafilase. Geralmente necessita-se de cuidados médicos imediatos, embora algumas pessoas que conhecem a sua alergia levem consigo comprimidos que neutralizam a resposta do organismo. Nem todos os que têm alergia a amendoins apresentam uma reação alérgica tão dramática e rápida.
Alergia ao amendoimOs amendoins podem causar uma alergia grave e potencialmente fatal em alguns indivíduos.
Estudos recentes demonstraram que a alergia ao amendoim é mais comum do que anteriormente imaginado e parece estar aumentando. Isto pode estar relacionado ao fato de que mulheres freqüentemente comem quantidades maiores de amendoins e de produtos que contêm óleo de amendoim quando estão grávidas ou amamentando. Alergias a amendoim e outras nozes podem ser herdadas, por isso todas as mulheres com uma história familiar deste tipo de alergia devem evitar estes alimentos durante a gravidez e amamentação.
Hiperatividade
O elo entre crianças hiperativas e aditivos nos alimentos foi sugerido pela primeira vez na década de 70 e, desde então, recebeu apoio popular. Alguns cientistas descobriram que o comportamento destas crianças melhora quando alguns alimentos são retirados da dieta. Estes incluem o leite, os ovos, o trigo, as nozes, os corantes e os conservantes como tartrazina e ácido benzóico. Existe uma relação entre alimentação e hiperatividade em uma minoria das crianças, principalmente naquelas com condições alérgicas como asma e eczema. Contudo, não há evidências definitivas de que algum alimento seja responsável por desencadear o comportamento da maioria das crianças hiperativas.
História de Caso: Doença celíaca
Margaret estava apresentando fraqueza, perda de peso, dor abdominal e diarréia, com fezes volumosas de cheiro mim, que não iam embora com a descarga. Os exames de sangue revelaram que ela estava anêmica, com deficiências de ferro e folato. Uma amostra de tecido do seu jejuno (intestino pequeno) indicou que a parede intestinal era reta, com poucas das protusões características chamadas vilos.
Reação ao glútenOs sintomas de Margaret incluíam cansaço extremo e dor abdominal. As amostras de tecido mostraram que o seu intestino estava reagindo adversamente ao glúten.
Margaret tinha uma doença chamada doença celíaca. A parede do seu intestino estava reagindo ao glúten, um constituinte do trigo, como se fosse tóxico. O glúten faz com que produtos com trigo como bolos e pão cresçam. O achatamento dos vilos indicava que Margaret não podia absorver os nutrientes adequadamente, resultando em perda de peso e deficiências, causando anemia e diarréia. As fezes volumosas e repugnantes eram causadas por uma impossibilidade de absorver a gordura adequadamente. Elas não iam embora com a descarga por terem muita gordura.
O médico de Margaret prescreveu ferro e suplementos de folato para curar a anemia e a encaminhou para um nutricionista especializado em problemas gastrointestinais. Ela iniciou uma dieta sem glúten, evitando todos os alimentos que contêm trigo, centeio ou cevada. O nutricionista disse a Margaret que nem todos concordam com a necessidade de se evitar a aveia, mas sugeriu que ela fizesse isso em princípio. Mais tarde ela reincluiu a aveia no menu para ver se os sintomas reapareciam. Uma dieta sem glúten não é fácil de ser seguida porque produtos como farinha são incluídos em muitos produtos alimentares como um agente engrossante. Mesmo pequenas quantidades de glúten podem causar problemas para os pacientes celíacos. Margaret descobriu que era essencial ler os rótulos dos alimentos e obter listas de alimentos sem glúten. O seu clínico-geral pode prescrever produtos sem glúten. Os sintomas de Margaret levaram vários meses para melhorar. Ela deve permanecer em dieta pelo resto da vida para atingir um alívio permanente dos seus sintomas.
História de Caso: Intolerância à lactose
Intolerância à lactoseUma mudança na dieta de Ken revelou uma intolerância ao açucar do leite, lactose, anteriormente não identificada.
Ken foi admitido em uma unidade especializada em nutrição, porque estava gravemente obeso. Ele foi avaliado para um tratamento controverso que envolvia amarrar a mandíbula com arame para que sua boca só pudesse abrir um pouco. Ken nunca tinha gostado muito de leite, mas estava resignado ao fato de que, se ele tivesse suas mandíbulas amarradas, o leite se torraria um componente importante da sua dieta. Decidiu-se prosseguir com o tratamento. Sob supervisão médica, Ken iniciou uma dieta baseada em leite integral. Logo depois, ele apresentou náusea, distensão do abdômen, dor abdominal e diarréia. Descobriu-se que Ken tinha intolerância ao açúcar do leite, a lactose. O nutricionista planejou uma outra dieta para Ken, baseada em produtos fermentados do leite , como o iogurte.
Pontos centrais
As alergias aos alimentos envolvem reações imunológicas; as intolerâncias aos alimentos envolvem vários mecanismos não-imunológicos diferentes, alguns dos quais não são completamente compreendidos.
Nunca coloque seu filho numa dieta restritiva antes de obter orientação especializada mesmo que você suspeite de uma alergia, não importa quão leves os sintomas.
Fonte: Guia da Saúde Familiar - revista ISTOÉ - Volume 16 - 03/2002
MARASMO
Marasmo é a desnutrição proteico-calórica do tipo seco, ou seja, é uma desnutrição por falta de calorias e proteínas em um paciente muito magro e desidratado. Esta condição é resultado da fome por escassez de alimentos. Em seu tratamento deve-se prover uma dieta com proteínas de alto valor biológico e calorias adequadas para que aproveite o nitrogênio presente na proteína.O marasmo ocorre quando a pessoa não se alimenta, durante muito tempo, em quantidade suficiente de nenhum tipo de nutriente necessário ao perfeito funcionamento do corpo humano. A falta de alimentos ricos em carboidratos, proteínas, lipídios, sais minerais e vitaminas provoca vários malefícios à saúde. A pessoa não cresce, fica muito magra, com freqüência adquire outras doenças, fica com a pele ressecada e descamante, tem os músculos reduzidos e está sempre com fome. A doença tem esse nome devido ao fato de o doente não possuir disposição para realizar suas atividades."Kwashiorkor" é um nome originado de uma dos dialetos de Gana, país africano, e significa "aquele que foi colocado de lado" indicando o aumento dos casos em que a criança mais velha foi desmamada (do peito materno) precocemente assim que seu mais novo irmão nasceu.Como sintomas da kwashiorkor, incluem-se:* abdome distendido, bojudo;* descoloração dos cabelos tornando-os avermelhados;* pele despigmentada.O abdome distendido geralmente é ocasionado por dois motivos:1. a ascite (barriga-d'água) que aumenta a permeabilidade dos capilares devido à produção aumentada de leucotrienos cisteínicos (LTC4 e LTE4) em função da deficiência generalizada de glutationa intracelular. Isto explica os efeitos da desnutrição na redução das proteínas plasmáticas, reduzindo a pressão coloidosmótica e conseqüentemente o fluxo osmótico através das paredes dos capilares.2. o aumento grosseiro de gordura no fígado. Esta alteração gordurosa ocorre por causa da carência de apolipoproteínas que transportam os lipídios do fígados para os outros tecidos corporais.Complementando, a criança tem um aspecto miserável e face que lembra um buldogue (raça canina). As vítimas da kwashiorkor tem a produção falha de anticorpos tais como os que combatem a difteria e a febre tifóide. Comumente, a doença pode ser combatida com uma dieta com maior quantidade de calorias e proteínas; entretanto, o índice de mortalidade pode ser maior que 60% e, por outras vias, pode gerar um impacto a longo prazo no desenvolvimento físico da criança e, nos casos mais severos, o retardamento mental.Existem várias explicações para o aparecimento e desenvolvimento da Kwashiorkor, sendo ainda controversas. Atualmente, considera-se que a deficiência protéica, aliada com as deficiências energéticas e de micronutrientes, são importantes causas porém podem não ser os fatores chave. Pode ser que seja também causada por deficiência de um dos muitos tipos de nutrientes (ferro, ácido fólico, iodo, selênio, vitamina C), principalmente aqueles que respondem pela proteção antioxidante. Importantes antioxidantes são encontrados em quantidades reduzidas nas crianças com Kwashiorkor tais como glutationa, albumina, vitamina E e ácidos graxos poliinsaturados. Também, se uma criança que possui uma dessas deficiências nutricionais é exposta ao estresse (por exemplo: uma infecção, uma toxina) ela pode estar mais propensa a desenvolver a Kwashiorkor.Outras síndromes de desnutrição são o marasmo e a caquexia embora a última seja geralmente causada por uma outra doença oculta.
HIPOVITAMINOSE C
Hipovitaminose C
Também conhecida por escorbuto; a vitamina C (ácido l-ascórbico) é um co-factor das enzimas prolina hidroxilase e lisina hidroxilase. Sem a hidroxilação da prolina, as pontes de hidrogénio, imprescindíveis para a manutenção da estrutura final do colagénio, não podem ser formadas.Como consequênca, o colagénio fica pouco resistente, pelo que propende a ser destruído mais rapidamente. Acresce que o ligamento alveolodentário (o qual prende os dentes aos seus alvéolos e é possuidor de colagénio de elevado turnover). Vai perdendo a sua resistência e os dentes ficam com tendência para sair do seu local de implantação, acompanhados de hemorragia característica. O escorbuto era conhecido pelos navegadores Portugueses, durante a época das descobertas, na altura em que os vegetais (nomeadamente a fruta) se esgotavam e a alimentação ficava baseada no consumo de carne e peixe salgados. O escorbuto infantil também é conhecido como doença de Barlow, segundo o pediatra inglês Sir Thomas Barlow (1845-1945), cuja publicação de 1883 fornece a primeira descrição fiel do escorbuto infantil, previamente
112 anos de Aspirina
112 anos de aspirina
O termo salicilato provém do nome botânico da família dos salgueiros, plantas Salicáceas do género Salix. Os antigos Egípcios já usavam o ácido salicílico para combater as dores, ao ingerir a salicina, mastigando, a casca do salgueiro. Hipócrates (c.460-c.377 A.C.) já se referia a um pó amargo extraído da casca do salgueiro e que podia aliviar as dores e baixar a febre.
Em 1828, Johann Buchner, professor de farmácia da Universidade de Munique, isolou da casca do salgueiro um produto cristalino, amarelo e amargo, o qual denominou de salicina. No ano seguinte, Leroux descrobriu que a salicina era o composto activo da actividade analgésica da casca do salgueiro. Em 1838, Raffaele Piria, um químico italiano, então trabalhando na Sorbonne (Paris), desdobrou a salicina num glícido e num composto aromático (salicilaldeído), sendo este depois convertido, por hidrólise e oxidação, num produto cristalino e incolor, o qual denominou de ácido salicílico. Este foi utilizado para mitigar os sintomas da artrite e da gripe. Infelizmente e perante grandes quantidades de ácido salicílico necessárias para haver efeito terapêutico, o produto irritava a mucosa gástrica, podendo ocorrer hemorragias, náuseas e vómitos. O salicilato de sódio foi, pela primeira vez, utilizado na terapêutica, em 1873.
O ácido acetilsalicílico foi sintetizado por Félix Hoffmann, a partir da reacção entre o ácido salicílico e o cloreto de acetilo, em aquecimento, ao tentar encontrar um analgésico potente para aliviar as dores do seu pai, mas que não fosse lesivo para a integridade da mucosa gástrica. O ácido acetilsalicílico apresentava dupla vantagem. Era terapeuticamente mais potente e muito menos lesivo.Félix trabalhava para uma companhia alemã (Fredrich Bayer & Co) e a sua descoberta ficou registada num protocolo resumido e assinado com data de 10 de Agosto de 1897 – Félix tinha na altura 29 anos. Todavia, por mera precaução, o produto começou a ser comercializado em 1899, por decisão de Dreser, o qual denominou o novo medicamento de Aspirin®.
A origem do nome aspirina é muito curiosa - provém de acetil+spirsäure+ in(a) (terminação muito usada em química). Spirsäure é o nome alemão para ácido espireico (uma designação clássica para ácido salicílico) -nome derivado do nome científico da ulmária, Spiraea ulmaria, uma rosácea de cujas flores se pode extrair aquele ácido.
Droga prodígio do século XX, tendo em conta o amplo espectro de situações clínicas que corrige ou que evita, a um preço que, em termos de medicamento, é de baixo custo. A aspirina é a droga mais popular e mais consumida no Mundo. Antes da introdução no mercado da Aspirina, os analgésicos que se usavam eram os opiáceos e a cocaína. A aspirina foi primeiramente comercializada como pó; em1915 foram confeccionados os primeiros comprimidos. Aliás, a Aspirina foi um dos primeiros medicamentos a ser comercializado sob a forma de comprimido. Após a capitulação da Alemanha na I Grande Guerra, a Bayer foi forçada a desistir da marca registada, como parte do Tratado de Versalhes.
Actualmente, surgiu uma polémica acerca do verdadeiro descobridor da Aspirina, na sequência de uma carta assinada, em Outubro de 1944, por um célebre químico alemão – Arthur Eichengrün (1867-1949). Eichengrün reinvidicou os louros para si, advogando que Hoffmann trabalhou sob sua inspiração, ideia e supervisão, não tendo na altura reinvidicado a sua descoberta por achar o processo de acetilação corriqueiro e pouco digno de registo especial. Eichengrün integrava a equipa na qualidade de cientista sénior, enquanto que Hoffmann era um mero subalterno. Todavia, tendo em conta a fama e os lucros astronómicos associados à comercialização da Aspirina, por que razão Eichengrün apenas levantou a questão 47 anos depois da descoberta? Há que ter em mente que na Alemanha decorria o regime Nazi, e Eichengrün era de ascendência judaica. Daí a carta ter sido redigida no campo de concentração de Theresienstadt (na então Checoslováquia), em pleno cativeiro.